Bom governo e funções da soberania, segundo Thomas Hobbes

• Processo: 06/61330-4
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de maio de 2007
• Data de Término da vigência: 30 de abril de 2010
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Filosofia - História da Filosofia
• Pesquisador responsável: Yara Adario Frateschi
• Beneficiário: LEONARDO JORGE DA HORA PEREIRA
• Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
• Assunto(s): Responsabilidade do Estado Estado soberano
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Bom Governo | Estado | Lei De Natureza | Soberania

Resumo

Este projeto de pesquisa tem como objetivo investigar se a questão do bom soberano - ou do bom desempenho do cargo do soberano representante - é ou não relevante na filosofia política de Thomas Hobbes. Sabemos que, ao menos numa primeira leitura do "Leviatã", este questionamento não aparece de forma explícita. No entanto, se nos detivermos principalmente no capítulo XXX desta obra, notamos que são pelo menos duas as funções que o soberano deve cumprir a fim de garantir a paz e a segurança dos súditos: por um lado temos (i) a função legislativa, na medida em que cabe ao soberano a feitura de leis civis adequadas para a instauração da paz; e, por outro, (ii) a função instrutiva, pois o governante deve esclarecer o seu povo acerca dos direitos essenciais da soberania, para que se afaste o perigo dos cidadãos serem seduzidos por doutrinas sediciosas. Além do mais, Hobbes sugere, na Introdução do "Leviatã", que o governante cumprirá melhor essas duas tarefas se for capaz de ler a si mesmo, pois ao fazê-lo ele conhecerá a natureza humana, e, com isso, se tornará mais capaz de entender e de prever o comportamento dos súditos. Pretendemos, portanto, ao longo da pesquisa, analisar as funções do soberano (que, se bem desempenhadas, garantem a manutenção do governo, da obediência e, enfim, da paz civil) e investigar qual é o papel que o "Nosce te ipsum" desempenha na boa execução dessas funções. (AU)