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Os Disfarces de Antônio José, o Judeu

Processo: 09/14866-4
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de novembro de 2009
Data de Término da vigência: 31 de outubro de 2010
Área de conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Letras - Outras Literaturas Vernáculas
Pesquisador responsável:Renata Soares Junqueira
Beneficiário:Michelle Fernanda Orlandi
Instituição Sede: Faculdade de Ciências e Letras (FCL). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Araraquara. Araraquara , SP, Brasil
Assunto(s):Inquisição   Iluminismo   Barroco
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Antônio José da Silva | Barroco | Disfarce | Iluminismo | Inquisição | o Judeu | Óperas cômicas | Teatro português

Resumo

Este projeto pretende iniciar a pesquisadora nos estudos de teatro e, especialmente, no estudo das comédias do autor luso-brasileiro Antônio José da Silva, o Judeu (1705-1739). Trata-se de analisar o uso do disfarce como técnica fundamental do projeto teatral do Judeu, seja nas suas escolhas temáticas - são muito freqüentes, nas suas óperas cômicas, as aparições de personagens que se fazem passar por outras, embuçadas ou mesmo metamorfoseadas como em ANFITRIÃO OU JÚPITER E ALCMENA ou em AS VARIEDADES DE PROTEU, por exemplo -, seja no seu surpreendente hibridismo, feito da absorção de diversas tendências do teatro setecentista, tanto do teatro popular cultivado em Portugal pela escola vicentina quanto do teatro barroco espanhol, das comédias francesas e da ópera italiana, seja, enfim, na sua específica linguagem teatral, que alia à prosa cômica a música e o emprego de marionetes. Tudo isso, segundo a nossa hipótese, disfarça habilmente o vigoroso caráter revolucionário das comédias de Antônio José e viabiliza não apenas o seu grande êxito no Teatro do Bairro Alto, na Lisboa setecentista, mas também a sua impressão em papel já nas décadas de 1730 e 1740 - grande proeza para um autor judeu que, tendo vivido no tempo inquisitorial do Portugal de D. João V, infelizmente não conseguiu escapar, ele próprio, às garras mortais do Tribunal do Santo Ofício, que o condenou à execução pública em 1739.

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