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O impacto socioespacial da ferrovia em ourinhos/sp.

Processo: 06/06527-7
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de abril de 2007
Data de Término da vigência: 31 de março de 2008
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Geografia
Pesquisador responsável:Márcio Rogério Silveira
Beneficiário:Kivam Arruda Izidoro
Instituição Sede: Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Ourinhos. Ourinhos , SP, Brasil
Assunto(s):Desenvolvimento urbano   Segregação urbana
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Desenvolvimento Urbano | Estradas De Ferro | Ourinhos | Segregacao Socioespacial | Geografia dos Transportes

Resumo

Ourinhos surgiu no início do século XX de uma vila de trabalhadores que atuava no desmatamento das terras destinadas ao assentamento dos trilhos da estrada de Ferro Sorocabana, como conseqüência do avanço do café ao oeste paulista. Com isso, a cidade se desenvolveu no em torno da estação ferroviária, mas com a crise do café e o investimento do governo no transporte rodoviário nas décadas seguintes, as ferrovias da região foram perdendo em importância e hoje a convivência entre a cidade e a linha ferroviária já mostra sinais de esgotamento, sendo um elemento desagregador da economia local e também para a própria estação ferroviária, repetindo um quadro já conhecido em cidades onde a área urbana era cortada pelas linhas férreas que a deram origem, transformando-se, então, numa rugosidade. As infra-estruturas são antigas e centralizam a passagem de cargas no centro da cidade, acabando por se tornar um empecilho na expansão urbana do mesmo. Esta circulação indesejada contribui para a morosidade do tráfego interno na cidade, além de perturbar a qualidade de vida do em torno. Mais que isso, ela acaba, também, por se tornar uma barreira social, pois com a presença de muros e matas ao longo do traçado, ela auxilia a determinar a presença de pessoas de diferentes segmentos sociais localizadas nas suas adjacências. Outro fator a ser destacado é a passagem de vagões com produtos inflamáveis, derivados de petróleo e de álcool, que dado à periculosidade da carga transportada, representa um forte impacto urbano, podendo causar prejuízos humanos no caso de um acidente. Ao final desse trabalho, pretendemos propor medidas para amenizar os problemas supracitados. Entre as soluções possíveis, está à mudança do traçado do centro para a periferia do município, constituindo um meio-anel-ferroviário, tal construção poderá ser feita através de uma parceria entre o setor público e a iniciativa privada, ou seja, as Parcerias Público-Privadas (PPPs) ou somente com a participação do setor público federal (conforme edital de concessão). Com a construção do contorno ferroviário, os espaços deixados pela retirada dos trilhos do centro da cidade deverão ser reabilitados para integrar a sociedade local, facilitando, além disso, a circulação econômico-espacial, integrando bairros, articulando ligações viárias, favorecendo a urbanização de áreas lindeiras, a construção de ciclovias, como incentivo ao transporte “limpo”, e áreas de convivência, como parques e centros culturais.

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