Desalinhamento: Cummings e Duchamp

• Processo: 07/56232-6
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 2007
• Data de Término da vigência: 30 de novembro de 2008
• Área de conhecimento: Linguística, Letras e Artes - Letras - Literaturas Estrangeiras Modernas
• Pesquisador responsável: John Milton
• Beneficiário: Rui Santos Rocha Camargo
• Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Poesia Poetas Ready-made Vanguarda
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Cummings | Duchamp | Poesia | Ready-Made | Vanguarda

Resumo

Este projeto propõe uma mediação entre o papel e a importância de duas figuras-chave da vanguarda do século XX: Duchamp e Cummings. Ambos trabalharam num veio radical de modo a prevenir a petrificação dos processos de significação humanos. Implícito em suas obras nota-se um esforço para renovar a linguagem das manifestações artísticas: tanto pelo emprego de novos materiais como pela reflexão acerca do uso destes novos materiais. Ainda assim, este projeto não propõe uma abordagem metafísica ao tema de pesquisa. Tampouco tem em vista analisar obras específicas de um ou outro artista como objetivo final, mas intenta desnudar, baseando-se num panorama amplo do trabalho dos dois artistas, o elo entre os seus lugares na avant-garde: renovando a linguagem ao transformar os materiais e processos responsáveis pela homogeneidade linear da percepção humana - processos esses criados pela revolução industrial - em estrutura para trabalhos que propõem o contrário: uma percepção relativizada e simultânea. Provavelmente a este fato se deve a atração exercida por estes artistas sobre a geração do Pós-Guerra. O problema de "desautomatizar" a percepção humana através dos mesmos meios que possibilitaram a produção em série é um "elo" perceptível entre os readymade de Duchamp e o atomismo tipográfico-verbal de Cummings. É também um elo com o futuro, problematizando a percepção engendrada no séc. XX e inauguradora do século XXI. (AU)