Filosofia da psicologia: o conceito de imaginação

• Processo: 01/12662-0
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de fevereiro de 2002
• Data de Término da vigência: 31 de janeiro de 2003
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Filosofia - História da Filosofia
• Pesquisador responsável: Bento Prado de Almeida Ferraz Junior
• Beneficiário: Elieni Cristina da Silva
• Instituição Sede: Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). São Carlos , SP, Brasil
• Assunto(s): Imaginação Percepção visual Fenomenologia (filosofia)
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Analise | Consciencia | Fenomenologia | Imaginacao

Resumo

A filosofia clássica não foi nada negligente ao tratar o conceito de imaginação. Hume, Leibniz e Descartes dedicaram importantes escritos ao tema; se são acusados de afastar a imagem do pensamento ou de reduzir o pensamento a um automatismo de imagens, é porque o conceito de imaginação destes filósofos diverge profundamente daquele proposto por Jean Paul Sartre e Gilbert Ryle. Os filósofos clássicos estabeleceram uma continuidade entre percepção e imagem. Imaginar um objeto é similar ao fato de vê-lo: a imagem é um simulacro do objeto percebido que "habita" a consciência. Dada a identidade entre imagem e objeto percebido, a confusão entre imagem e percepção é possível na alucinação. A proposta dos autores modernos de nosso estudo é inversa: Imaginar um objeto é visá-lo em sua ausência. A imagem é um meio de fazer o objeto ausente aparecer. Imaginar não é invocar imagens dentre conteúdos inertes que perpassam a consciência: o objeto é imaginário; não está ou não existe. Poderíamos confundir o meio (imagem) com a finalidade (objeto) ou tomar uma imagem por uma percepção? Partindo de uma proposta inversa, chegamos a uma dificuldade inversa. (AU)