Encenações imaginarias de textos invisíveis: a rubrica como poética da cena

• Processo: 95/00708-3
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de maio de 1995
• Data de Término da vigência: 31 de outubro de 1996
• Área de conhecimento: Linguística, Letras e Artes - Letras - Literatura Brasileira
• Pesquisador responsável: Flávio Wolf de Aguiar
• Beneficiário: Luiz Fernando Ramos
• Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Acoes | Drama | Encenacao | Escritura | Rubrica | Virtualidade

Resumo

A proposta é investigar a relação entre a literatura dramática e o espetáculo teatral contemporâneos do ponto de vista literário. Acredita-se que ainda seja pertinente estudar o teatro como literatura, mesmo quando se trate de textos escritos durante a criação ou depois dos espetáculos, como narrativas ou leituras de seus criadores. O espetáculo é a prova final de qualquer texto e guarda uma autonomia indiscutível como objeto de análise, mas o texto dramático, principalmente através das rubricas, não deixa de se comunicar com a cena e repercuti-la ou anunciá-la literariamente. As indicações cênicas ou instruções de montagem sugerem uma estratégia de encenação, mesmo quando existem apenas virtualmente na imaginação ou na memória do autor, seja ele um dramaturgo ou encenador. A rubrica identifica um método e um modo de "ver" o teatro. Se invisível no espetáculo, revela-se na imaginação literária deste narrador-autor, como mapa ou vestígio de uma cena. Dramaturgos e encenadores e encenadores dramaturgos que escrevem e encenam podem ter suas poéticas da cena diferenciadas pela forma literária de suas rubricas. (AU)