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A crítica humeana do finalismo

Processo: 99/01899-8
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de maio de 1999
Data de Término da vigência: 30 de abril de 2001
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Filosofia - História da Filosofia
Pesquisador responsável:Carlos Alberto Ribeiro de Moura
Beneficiário:Fernao Oliveira Salles dos Santos Cruz
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Antropomorfismo   Teleologia   Religiões
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Antropomorfismo | Causalidade | Crenca | Religiao Natural | Teleologia

Resumo

A proposta de pesquisa que se segue para o desenvolvimento de dissertação de mestrado consiste em examinar a crítica humeana à religião natural. Sendo este um tema demasiadamente amplo, as atividades de pesquisa se concentrarão na análise do comentário humeano da prova a posteriori da existência de Deus e da noção de teleologia. É nos Diálogos sobre a Religião Natural que o autor procede a um exame cerrado destes temas e expõe sua posição a seu respeito. Nesta obra, o argumento empregado pelo teísmo consiste, de um modo bastante geral, em derivar a existência de Deus de uma analogia entre o mundo e as máquinas produzidas pela arte humana, da semelhança entre os efeitos seria possível inferir a semelhança entre as causas. Este argumento e as objeções a ele lançadas constituirão, portanto, o principal objeto da análise a ser feita durante o mestrado. Com vistas a compreender melhor o comentário humeano da religião natural, será necessário articular as críticas veementes as quais o autor submete a teleologia, com o final dos Diálogos onde o personagem Filo, o principal crítico da prova a posteriori da existência de Deus, se declara partidário da prova que até então refutara. "O pensador mais desatento e estúpido depara-se em toda parte com um propósito, com uma intenção, com um desígnio; e isto não pode ser permanentemente rejeitado nem mesmo pelos mais empedernidos defensores dos sistemas mais absurdos."(DRN, p. 116) A análise desta reviravolta na posição assumida pelo personagem parece ser fundamental para que se possa alcançar uma compreensão precisa do comentário humeano do finalismo. Por outro lado, o sentido das críticas de Hume à prova a posteriori e à teleologia nos Diálogos não pode ser apreendido, sem que se leve em conta sua relação com alguns dos temas capitais da obra humeana, abordados pelo autor, sobretudo, no Tratado da Natureza Humana e na Investigação sobre o Entendimento Humano. Traçar esta relação entre a religião natural e tais temas constituirá, portanto, um dos passos fundamentais da pesquisa. O que se espera ao fazê-lo é, primeiramente, trazer alguma luz aos Diálogos e, em segundo lugar, à filosofia de Hume de um modo geral. (AU)

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