Construindo a Petit Paris: Joaquim Macedo Bittencourt e a Belle Époque em Ribeirão Preto (1911-1920)

• Processo: 02/03491-0
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado Direto
• Data de Início da vigência: 01 de março de 2003
• Data de Término da vigência: 30 de abril de 2004
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - História - História do Brasil
• Pesquisador responsável: José Evaldo de Mello Doin
• Beneficiário: Rodrigo Ribeiro Paziani
• Instituição Sede: Faculdade de História, Direito e Serviço Social. Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Franca. Franca , SP, Brasil
• Assunto(s): Indústria do café Primeira República (1889-1930)
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Ambiguidades | Cafe | Modernidade | Modernizacao | Primeira Republica | Ribeirao Preto

Resumo

Analisar o processo de modernização urbana e os traços de modernidade em Ribeirão Preto, por meio da administração de Joaquim Macedo Bittencourt, prefeito na cidade entre 1911 e 1920. Fortemente impulsionada pela atividade cafeeira e as ações empreendedoras de seus "ilustres membros", os coronéis, Ribeirão Preto atravessou, durante quarenta anos, uma série de transformações em sua paisagem urbana e nas normas de comportamento de seus habitantes. Aliás, fenômeno histórico que atingiu várias cidades européias e brasileiras no século XIX. No entanto, serão as ambigüidades - arcaico/moderno, vicio/virtude, rural/urbano, opressor/oprimido, civilizado/bárbaro - que forjarão as fantasmagorias do progresso e da civilização à cidade e seus personagens. Nesta sociedade 'sui generis', onde há simultaneamente uma grande mobilidade e círculos estreitos de poder, uma elite agressiva, plutocrática e familiarizada com as modernas técnicas (em nada caipira) e uma população reivindicando assistências e reinventando astúcias, Joaquim Macedo Bittencourt promove seu projeto de modernização. Rapidamente estabelecido no seio dos mefíticos coronéis, em poucos anos torna-se prefeito e comanda, tal um 'Fausto' em solos interioranos, modificações (baseadas nos códigos de posturas) nos espaços públicos e privados da cidade e município: reformas em habitações, redes de água e esgotos, praças, ruas e avenidas, construção de edifícios públicos. Nascem, daí, várias 'imagens' da cidade. (AU)