Cidade e higiene em São Paulo, 1925-1945: Geraldo Horácio de Paula Souza e a institucionalização da saúde pública como disciplina acadêmica

• Processo: 98/12910-0
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado
• Data de Início da vigência: 01 de março de 1999
• Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2001
• Área de conhecimento: Ciências Sociais Aplicadas - Arquitetura e Urbanismo - Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
• Pesquisador responsável: Maria Lucia Caira Gitahy
• Beneficiário: Cristina de Campos
• Instituição Sede: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Saúde pública Sanitaristas
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Cidade De Sao Paulo | Higienismo E Sanitarismo | Movimento Moderno | Saude Publica | Urbanismo Higienista | Urbanismo Moderno

Resumo

Esta pesquisa buscará rastrear o tema da cidade através do resgate da vida e da obra do médico sanitarista Geraldo Horácio de Paula Souza. Com base em seu trabalho como higienista, Paula Souza desenvolveu uma concepção sobre a cidade, que será privilegiada neste estudo. As pesquisas sobre o urbanismo higienista tem se concentrado, basicamente, no Rio de Janeiro do final do século e início deste. É intenção deste trabalho focalizar o destino destas concepções durante as décadas seguintes, em que se afirma o urbanismo paulista, em meio às discussões sobre o "moderno". Paula Souza trabalhou como diretor do Serviço de Saúde de São Paulo, em 1922, praticamente logo após ter retomado de um curso de especialização em Saúde Pública nos Estados Unidos. Paula Souza foi o responsável pela mudança no sistema de saúde paulista em 1925, que privilegiava a educação sanitária (RIBEIRO, 1991). Ainda em 1925, Paula Souza é nomeado diretor do Instituto de Higiene até que, em 1945, consegue finalmente transformar este Instituto na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. Durante o tempo em que morou em São Paulo, Paula Souza fotografou várias cenas do cotidiano paulista que, de certa forma, possuíam relação com sua profissão: pensão de imigrantes; carros fúnebres; cortiços; abastecimento de água, criando assim um retrato vivido da cidade de São Paulo durante a década de vinte. Com base em seus conceitos higienistas, Paula Souza desenvolveu uma visão e concepção sobre a cidade. (AU)