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E ela fez o milagre... a beata Maria de Araújo no Juazeiro do Padre Cícero

Processo: 96/01400-5
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de maio de 1996
Data de Término da vigência: 31 de agosto de 1997
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Sociologia - Outras Sociologias Específicas
Pesquisador responsável:Fernando Torres Londono
Beneficiário:Maria do Carmo Pagan Forti
Instituição Sede: Faculdade de Ciências Sociais. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Beatificação   Milagres   Movimentos religiosos   Padres   Mulheres
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Beata | Fenomeno Milagroso | Linguagem Simbolica | Relacao De Genero

Resumo

O movimento social de Juazeiro, surgido em tomo do Pe. Cícero tem sido objeto de estudo de cientistas sociais, antropólogos, psicólogos, historiadores ao longo de seus mais de 100 anos de existência. E consenso que o fato fundador de tal movimento foi um "milagre": o sangramento de uma hóstia consagrada na boca da beata Maria de Araújo, na primeira sexta-feira do mês de março de 1889 e que continuou acontecendo por, pelo menos, mais dois anos. Os estudos privilegiam a figura do Pe. Cícero e apagam Maria de Araújo como protagonista do "milagre". Ele torna-se não só o "famoso chefe do movimento" - como de fato o foi - mas também o "protagonista do milagre", conforme, por exemplo, Ralph Della Cava. Este trabalho quer falar dessa mulher que - como em geral as mulheres de seu tempo - foi desqualificada, silenciada e, finalmente, apagada da história. Quer resituar Maria de Araújo com suas características - mulher, beata, negra e "fazedora de milagre", articulando seus - e das outras mulheres e homens - saberes e poderes com o exercício de poder da Igreja, pois da tensão social provocada pelo "milagre", da tensão especialmente entre a Igreja institucional e a Igreja popular, da disputa pelos bens simbólicos da salvação, pela ocupação do lugar sagrado, explodiu o "milagre", uma linguagem simbólica que instituiu, no sertão nordestino, uma nova realidade: Juazeiro do Norte é, hoje, o maior centro popular de romarias do nordeste e um dos maiores do Brasil. Relendo essa história enfocando Maria de Araújo e seu "milagre", que história de Juazeiro, do Pe. Cícero, da sociedade aparecerá então? (AU)

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