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Incidência e fatores de risco para fratura vertebral por osteoporose em idosos brasileiros da comunidade: um estudo prospectivo de base populacional. São Paulo Ageing e Health (SPAH) Study

Texto completo
Autor(es):
Diogo Souza Domiciano
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Medicina (FM/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Rosa Maria Rodrigues Pereira; Carolina Aguiar Moreira Kulak; Ivânio Alves Pereira; Aarão Mendes Pinto Neto; Cristiano Augusto de Freitas Zerbini
Orientador: Rosa Maria Rodrigues Pereira
Resumo

As fraturas vertebrais por osteoporose conferem risco aumentado de novas fraturas por fragilidade e maior mortalidade. Não há dados consistentes acerca da incidência de fratura vertebral osteoporótica em países de baixa/média renda, que têm experimentado aumento da expectativa de vida e envelhecimento populacional acelerado nas últimas décadas. Os objetivos deste estudo foram determinar a incidência de fratura vertebral osteoporótica, diagnosticada por radiografia, bem como identificar os principais fatores de risco para fratura em idosos brasileiros da comunidade, em um estudo coorte prospectivo de base populacional. Setecentos e sete indivíduos da comunidade, com 65 anos ou mais, foram avaliados através de radiografias da coluna vertebral obtidas no início do estudo e após um tempo médio de seguimento de 4,3 ± 0,8 anos. Nova fratura vertebral foi definida como uma alteração na morfologia vertebral resultando em maior grau de deformidade na segunda radiografia (graus 1-3), quando comparado com o exame inicial. Questionário (dados clínicos), medida da densidade mineral óssea (DMO) e exames laboratoriais foram realizados na avaliação inicial. Modelos de regressão multivariada de Poisson foram construídos para identificar os preditores independentes de fratura vertebral. Quatrocentos e quarenta e nove mulheres (72,9±4,8 anos) e 258 homens (72,3±4,7 anos) foram incluídos no estudo. A incidência de fratura vertebral ajustada para a idade foi 40,3/1000 pessoas-ano em mulheres e 30,6/1000 pessoas-ano em homens. Na análise multivariada três modelos possíveis de fatores de risco para fratura foram determinados em mulheres: 1. idade (RR 2,46, IC 95% 1,66-3,65, para cada aumento em 10 anos), fratura osteoporótica prévia (RR 1,65, IC 95% 1,00-2,71) e DMO da coluna lombar (RR 1,21, IC 95% 1,03-1,41, para cada redução de 1 DP na DMO); 2. idade (RR 2,25, IC 95% 1,52-3,34, para cada aumento em 10 anos) e DMO do colo do fêmur (RR 1,42, IC 95% 1,11-1,81, para cada redução de 1 DP na DMO); 3. Idade (RR 2,11, IC 95% 1,41-3,15, para cada aumento em 10 anos) e DMO do quadril total (RR 1,56, IC 95% 1,21-2,0, para cada redução de 1 DP na DMO). Em homens, o maior quartil de distribuição do telopeptídeo C-terminal (CTX) sérico (RR 1,96, IC 95% 0,98-3,91) e fratura prévia (RR 2,10, 95% CI 1,00-4,39) foram preditores de nova fratura vertebral, após ajustes para idade, peso e atividade física. Este é o primeiro estudo longitudinal que determinou a incidência de fratura vertebral em uma amostra de base populacional de idosos na América Latina. A frequência de fratura vertebral foi elevada nessa população. Idade, fratura prévia, DMO e marcadores bioquímicos da remodelação óssea foram preditores de nova fratura vertebral (AU)

Processo FAPESP: 11/00411-5 - Incidência de fraturas vertebrais e fraturas clínicas não vertebrais em uma população de indivíduos de 65 anos ou mais
Beneficiário:Diogo Souza Domiciano
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado Direto