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Saúde bucal e função mastigatória em pacientes com doença de Parkinson

Texto completo
Autor(es):
Giselle Rodrigues Ribeiro
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Piracicaba, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Odontologia de Piracicaba
Data de defesa:
Membros da banca:
Renata Cunha Matheus Rodrigues Garcia; Ana Carolina Pero Vizoto; Simone Saldanha Ignácio de Oliveira; Maria da Luz Rosário de Sousa; Celia Marisa Rizzatti Barbosa
Orientador: Renata Cunha Matheus Rodrigues Garcia
Resumo

Este trabalho avaliou a saúde bucal e a função mastigatória em idosos com DP durante o período de bom funcionamento motor (período "on" da levodopa), e reabilitados com novas próteses dentárias removíveis. Para tanto, foi dividido em 4 artigos. Os artigos 1 e 2, realizados antes da reabilitação, incluíram idosos com DP (n=17; idade média=69,59±5,09 anos) e um grupo controle (n=20; idade média=72,00±5,69). O artigo 1 avaliou a saúde bucal objetiva e subjetivamente, por meio do número de dentes remanescentes, dentes cariados, perdidos e obturados (CPOD), índice de saúde bucal (ISB), fluxo salivar e condições das próteses (estabilidade, retenção, oclusão, dimensão vertical e defeitos); e do General Oral Health Assessment Index (GOHAI). Comparações entre os grupos foram realizadas pelo teste t ou pelo teste X2 (P<0,05). Não houve diferença no número de dentes, CPOD, ISB e fluxo salivar, porém verificaram-se mais defeitos na prótese superior do controle (P=0,037). O GOHAI foi baixo para grupo DP e moderado para o controle (P=0,04). Conclui-se que idosos com e sem DP possuem saúde bucal similar, apesar da autopercepção mais negativa da saúde bucal nos idosos com DP. O artigo 2 avaliou a higienização das próteses removíveis por meio do biofilme revelado por corante, antes, e 7, 14 e 30 dias após as instruções verbais de limpeza e reforço positivo. Os dados foram analisados por teste t, U Mann-Whitney, ANOVA e Tukey post hoc (P<0,05). Houve redução no acúmulo de biofilme e, após 30 dias, não houve diferenças entre os grupos (P>0,05). Conclui-se que similar aos controle, idosos com DP são capazes de reduzir o biofilme em resposta às instruções verbais e reforço positivo. Nos artigos 3 e 4, incluiu-se idosos com DP (n=17; idade média=69,59±5,09 anos) e controle (n=17; idade média=70,71±4,65). O artigo 3 avaliou a função mastigatória 2 meses após a adaptação às novas próteses, pela amplitude dos movimentos mandibulares e movimentos durante a mastigação do Optocal; performance mastigatória (PM) e força máxima de mordida (FMM). Os dados foram analisados pelo teste t (P<0,05). O grupo DP mostrou menor amplitude de movimento da mandíbula, maior duração e menor velocidade da mastigação, pior PM, e menor FMM (P<0,05). Conclui-se que a DP está associada ao comprometimento da função mastigatória. O artigo 4 avaliou a qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVRSB) e a eficiência mastigatória (EM), antes e 2 meses após a reabilitação, pelo Oral Health Impact Profile (OHIP-49) e mastigação do Optocal. Analisou-se os dados pelos testes Wilcoxon sign test ou signed-rank; ou teste t pareado (P<0,05). Os grupos melhoraram a QVRSB e EM comparando antes e após a reabilitação. Após a reabilitação, os idosos DP mostraram pior EM, porém impacto positivo na QVRSB, similar ao controle (P<0,05). Conclui-se que a reabilitação melhora a QVRSB e a EM em idosos com DP. De maneira geral, conclui-se que os idosos com DP possuem a saúde bucal similar aos idosos sem a doença e que a DP compromete a função mastigatória durante o período "on" da levodopa (AU)

Processo FAPESP: 12/15223-2 - Saúde bucal e função mastigatória em pacientes com Doença de Parkinson
Beneficiário:Giselle Rodrigues Ribeiro
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado