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Histórias do mar: divagação científica, biotecnologias e RPG

Texto completo
Autor(es):
Renato Salgado de Melo Oliveira
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Estudos da Linguagem
Data de defesa:
Membros da banca:
Susana Oliveira Dias; Elenise Cristina Pires de Andrade; Cristina Meneguello
Orientador: Susana Oliveira Dias
Resumo

Aqui nos lançamos por entre o RPG (Role Playing Game), a divulgação científica e as biotecnologias - e nos perdemos. Mesmo quando queremos, não é fácil encontrar um caminho: às vezes precisamos singrar contra as palavras, contra os conceitos; pensar é, de certa forma, sangrar. Há ainda outro tipo de esforço, tão difícil quanto, que é quando não queremos encontrar um caminho, pois nos bastam os encontros e desencontros. Ou mais difícil ainda: descobrir um jeito de contar tudo depois - inventar pela escrita tantas coisas que não imaginamos dessa forma. E, para isso, inventei de escovar narrativas, rabiscá-las e desmanchá-las ao meu prazer. Das narrativas escorrem um RPG com vontade de divagar, dispersar - divagação científica - outra vereda que se bifurca da divulgação. Bifurca em movimento, em velocidades, buscando trair o máximo das promessas de amor eterno que os cientistas e jornalistas fizeram à verdade. Trair até que não funcione mais - ferramenta quebrada, utensílio inútil. Uma dissertação pirata, feita de pilhagens e roubos. Rouba-se de poetas, de escritores, de acadêmicos, até mesmo do próprio RPG. Rouba-se, pois é assim que se joga o próprio RPG: tirando um pedaço de cada canto, sem se preocupar com a fidelidade em relação à origem. Investir na potência do fragmento que nos leva a um futuro que falta, que não está dado. E não para aprisioná-lo em um sentido que faz do contexto de origem um clichê. Não se trata de consertar o mundo, portanto não se propõe o RPG como ferramenta. É outra vontade, de fazer das coisas ruínas - quebrar aquilo que sobrou inteiro. Até mesmo o real. Uma vontade da ruína do real, que não faz da representação a sua unidade, mas da invenção a sua pulverização. Um RPG que não quer representar o real, mas inventar infinitas possibilidades de mundos. Uma pesquisa que não quer olhar a fabulação de frente (quais não seriam os perigos de fazê-lo?), mas, simplesmente, fabular (AU)

Processo FAPESP: 09/13010-9 - Divulgação científica e RPG: da utopia à fabulação
Beneficiário:Renato Salgado de Melo Oliveira
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado