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Artistas de Salvador (BA) e São Paulo (SP): entrecruzando deficiência à arte da performance

Texto completo
Autor(es):
Cláudio Leite Leandro
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Data de defesa:
Membros da banca:
Maria Filomena Gregori; Silvana de Souza Nascimento; Amanda Patrycia Coutinho de Cerqueira; Carolina Cantarino Rodrigues; Isadora Lins França
Orientador: Maria Filomena Gregori
Resumo

Entre o final dos anos 1960 e início dos anos 1970, o Brasil foi território de questionamentos importantes no campo das artes, que implicaram em interpelações conceituais e funcionais do corpo. Este período histórico é exemplar do estudo a partir do qual apresento o trabalho de três artistas brasileiros, com deficiência física: Edu O., de Salvador (BA), e Estela Lapponi e Roger Migliorini, de São Paulo (SP). A questão geral é pensar o entrecruzamento entre biografia, trajetória e repertório como fatores que implicam tensionamentos na experiência e na percepção da deficiência física. Me deterei ao âmbito da arte da performance em seus modos de criar saberes e práticas que, em consonância com a experiência do artista em suas redes, em diferentes espaços, desestabiliza os significados dados ao corpo, criando uma perspectiva que provoca fissuras em certas normatividades corporais. Para tanto, apresento a obra de arte como política corporal, nesse cenário recente das artes, que é marginal, com vistas a pensar o que ele apresenta de novo para o campo dos Estudos de Gênero, se somando ao debate existente sobre corpo e direitos. Esse contexto produziu duas alterações sensíveis para o objetivo do estudo que apresentarei: uma delas foi a abertura dos artistas e suas obras para a esfera pública, desdobrando, nesse caso específico, na ideia de arte como direito, ampliando a plural relação entre arte e política; a outra foi a diversificação das noções de corpo a partir de técnicas, métodos e saberes, que tornou possível o reconhecimento e a legitimação de uma diversidade corporal, para responder às novas significações produzidas pelas políticas do movimento. Diante disso, a arte da performance foi responsável por subsidiar novos repertórios de ativismo, fazendo a crítica aos paradigmas artísticos, governamentais e não governamentais e aos movimentos sociais em seu enfrentamento dos impedimentos sociais colocados através de doenças e lesões, transformando-os em crítica cultural e num pensamento que considera o corpo enquanto plataforma de resistência política a partir da construção de tecnologias de gênero que tensionam normatividades e suas precariedades (AU)

Processo FAPESP: 13/23971-1 - "Deficiência Física" e Erotismo: corporalidades e direitos sexuais em diferentes contextos brasileiros
Beneficiário:Cláudio Leite Leandro
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado