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Estudo bacteriologico de canais radiculares associados a abcessos periapicais

Texto completo
Autor(es):
Ezilmara Leonor Rolim de Sousa
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Piracicaba, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Odontologia de Piracicaba
Data de defesa:
Membros da banca:
Caio Cezar Randi Ferraz; Clovis Monteiro Bramante; Brenda Paula Figueiredo de Almeida Gomes
Orientador: Caio Cezar Randi Ferraz
Resumo

Canais radiculares infectados tipicamente abrigam uma microbiota mista, composta principalmente por espécies anaeróbias. O papel das bactérias e seus subprodutos no desenvolvimento e perpetuação das infecções endodônticas já está bem estabelecido. Pesquisas têm sido realizadas para correlacionar a presença de bactérias em canais radiculares infectados com sinais e sintomas clínicos. A proposta do presente estudo foi investigar a composição da microbiota de canais radiculares infectados, associados a abscessos periapicais, e a possível correlação entre espécies bacterianas específicas com as fases dos abscessos, além de realizar testes de sensibilidade antimicrobiana das bactérias isoladas. As amostras microbiológica foram coletadas de 30 canais radiculares usando pontas de papel estéreis, transportadas em VMGA, diluídas, plaqueadas e incubadas em câmara de anaerobiose. Colônias microbianas foram isoladas, caracterizadas e identificadas por métodos padronizados. Cento e dezessete bactérias foram encontradas, sendo 75 (64,1 %) anaeróbias estritas. Uma ou mais (máximo de 10) espécies bacterianas foram encontradas em 29 (96,6%) canais radiculares infectados associados a abscessos periapicais, confirmando a característica polimicrobiana das infecções endodônticas. As bactérias anaeróbias mais freqüentemente isoladas foram: Peptostreptococcus prevotii (43,3%), Peptostreptococcus micros (30%), Fusobacterium necrophorum (23,3%). Embora menos freqüentes, bactérias facultativas como Gemella morbillorum (30%) e Streptococcus mitis (20%) também foram encontradas. Contudo, a análise estatística não encontrou relação entre presença dos abscessos periapicais com qualquer das espécies bacterianas identificadas (p>0,05). As espécies mais prevalentes Peptostreptococcus prevotii e Fusobacterium necrophorum foram testadas quanto à suscetibilidade antimicrobiana através do método do E­test, utilizando os seguintes antibióticos: benzilpenicilina, amoxicilina, amoxicilina + ácido clavulânico, metronidazol e clindamicina. Ps. prevotii e F. necrophorum apresentaram-se sensíveis a todos os antibióticos testados. Apesar da ausência de significância estatística, nossos resultados indicaram predominância de bactérias anaeróbias Gram-positivas e a presença de microbiota mista nos canais radiculares infectados associados a abscessos periapicais. Os testes de suscetibilidade antimicrobiana revelaram a presença de sensibilidade bacteriana entre as espécies Peptostreptococcus prevotii e Fusobacterium necrophorum aos antibióticos benzilpenicilina, amoxicilina, amoxicilina + ácido clavulânico, metronidazol e clindamicina (AU)

Processo FAPESP: 99/08504-9 - Estudo bacteriologico dos abscessos periapicais.
Beneficiário:Ezilmara Leonor Rolim de Sousa
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado