Busca avançada
Ano de início
Entree


Análise das características clinicopatológicas de displasias fibrosas e fibromas ossificantes centrais envolvendo mandíbula e maxila: estudo colaborativo internacional

Texto completo
Autor(es):
Ana Carolina Prado Ribeiro
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Piracicaba, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Odontologia de Piracicaba
Data de defesa:
Membros da banca:
Pablo Agustin Vargas; Ana Maria Pires Soubhia; Elaine Maria Sgavioli Massucato; Decio dos Santos Pinto Junior; Márcio Ajudarte Lopes
Orientador: Pablo Agustin Vargas
Resumo

A displasia fibrosa (DF) e o fibroma ossificante central (FOC) fazem parte de um grupo de lesões conhecido como fibro-ósseas benignas (LFOB) e afetam principalmente a maxila, a mandíbula e ossos da região craniofacial. Caracterizam-se pela substituição do tecido ósseo normal por uma matriz de tecido conjuntivo fibroso com níveis variados de material mineralizado. As DFs e os FOCs costumam apresentar características clínicas e histopatológicas similares, entretanto, possuem padrões distintos de progressão e comportamento biológico. Portanto é muito importante fazer a distinção diagnóstica entre estas lesões. Este trabalho teve como objetivos analisar e comparar as características demográficas, clínicas, imaginológicas e histopatológicas de pacientes diagnosticados com DFs e FOCs. Foi realizada uma análise retrospectiva internacional e multi-institucional que selecionou 68 casos de DF e 37 casos de FOC e permitiu o estudo de características clinicopatológicas. As DFs (n=41; 60,2%) e os FOCs (n=24; 64,9%) foram mais comuns em pacientes do gênero feminino na segunda e terceira década de vida. As DFs acometeram preferencialmente a maxila (n=38; 56%) e os FOCs a mandíbula (n=23; 62,2%). Com relação aos aspectos imaginológicos, as DFs apresentaram-se predominantemente como lesões radiopacas com limites mal definidos e os FOCs como lesões radiolúcidas bem delimitadas. Microscopicamente, foi possível evidenciar continuidade do osso lesional com a cortical óssea de revestimento nas DFs e, interessantemente, um fenômeno de separação entre as trabéculas ósseas lesionais e o estroma adjacente também foi evidente nas DFs. Nos FOCs, foi possível evidenciar a descontinuidade da lesão com a cortical óssea de revestimento externo e a presença de estruturas semelhante ao cemento. Em conclusão, o diagnóstico de DF e FOC deve ser realizado a partir da correlação das características clínicas, imaginológicas e histopatológicas. No entanto, foi possível observar algumas características peculiares em cada uma das lesões, o que poderá auxiliar o diagnóstico e consequentemente favorecer o tratamento dos pacientes acometidos por estas patologias ósseas (AU)

Processo FAPESP: 08/53025-2 - Estudo clinicopatologico, imunoistoquimico, molecular e de ultraestrutura em casos de displasia fibrosa, fibroma ossificante e osteossarcoma dos ossos gnaticos.
Beneficiário:Ana Carolina Prado Ribeiro e Silva
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado