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Dinâmica do uso e da cobertura do solo na fronteira agrícola da Amazônia brasileira: forçantes de mudanças e futuros cenários

Texto completo
Autor(es):
Andrea Santos Garcia
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Piracicaba.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALA/BC)
Data de defesa:
Membros da banca:
Maria Victoria Ramos Ballester; Mateus Batistella; Carlos Augusto Klink; Daiana Carolina Monteiro Tourne
Orientador: Maria Victoria Ramos Ballester
Resumo

A fronteira agrícola da Amazônia está localizada em zona de ecótono entre a Floresta Amazônica e o Cerrado. A região apresenta alta biodiversidade, e uma paisagem heterogênea, composta por diferentes tipos de fitofisionomias e usos da terra. Nesta região de fronteira, o Alto da Bacia do Rio Xingu (UXRB), com aproximadamente 170.000km2 no estado do Mato Grosso, produz 2% da soja mundial e 0,2% do gado consumido no mundo. No entanto, devido a suas paisagens heterogêneas, essa fronteira não é bem representada por modelos gerais que retratam a detecção e a mudança do uso da terra, ou a perda de vegetação nativa. Nosso objetivo nesta pesquisa foi mapear as mudanças no uso da terra na Bacia do Alto Xingu e modelar a perda de vegetação na região. No primeiro capítulo apresentamos uma visão geral dos diferentes conceitos que foram utilizados ao longo desta pesquisa. No segundo capítulo, construímos um esquema de classificação hierárquica com três níveis de informação, melhorando como os mapas de cobertura e uso da terra capturam a heterogeneidade da região. Observamos que a intensificação agrícola ocorreu principalmente na Amazônia, enquanto o Cerrado sofreu uma expansão na área agrícola. Nas últimas décadas, a região vive uma transição de estágio pioneiro de desenvolvimento para uma fronteira agrícola consolidada, com desenvolvimento orientado para commodities. Desta maneira, o aumento na área agrícola está atrelado a mercados internacionais e à relação dólar americano/real brasileiro. No terceiro capítulo, comparamos diferentes fontes de dados para identificar dois processos distintos de perda de árvores: desmatamento e perturbação. Observamos uma diferença impressionante entre os conjuntos de dados construídos para detectar tanto a perturbação quanto o desmatamento. Este padrão está relacionado ao tipo de vegetação dominante e especificidades nos diferentes modelos. No quarto capítulo, analisamos diferentes variáveis espaciais relacionadas às características biofísicas, infra-estrutura, desenvolvimento econômico e composição e configuração da paisagem para selecionar um modelo que modelasse adequadamente o desmatamento futuro, a perturbação florestal e a perda geral de vegetação nativa (incluindo fisionomias não florestais). Nosso trabalho mostra que variáveis influenciam esses processos de diferentes maneiras, levando-nos a concluir que, para lidar com a perda de vegetação, pesquisadores e formuladores de políticas precisam se concentrar em outros processos além do desmatamento da floresta tropical, o qual é o foco tradicional. (AU)

Processo FAPESP: 15/05103-8 - Dinâmica do uso e da cobertura do solo na fronteira agrícola da Amazônia Brasileira: forçantes de mudanças e futuros cenários
Beneficiário:Andrea Santos Garcia
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado