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Avaliação do comprometimento ósseo sistêmico e localizado em mulheres pré-menopausadas com artrite reumatoide de longa duração

Texto completo
Autor(es):
Mariana Ortega Perez
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Medicina (FM/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Rosa Maria Rodrigues Pereira; Manoel Barros Bértolo; Ivânio Alves Pereira; Vera Lucia Szejnfeld
Orientador: Rosa Maria Rodrigues Pereira
Resumo

Introdução: dois padrões de envolvimento ósseo são descritos na artrite reumatoide (AR), sistêmico e localizado. O envolvimento ósseo sistêmico é caracterizado por perda da massa óssea generalizada, osteoporose e risco de fraturas, e o localizado por osteopenia periarticular, cistos e erosões ósseas. A tomografia computadorizada quantitativa periférica de alta resolução (HR-pQCT) é uma metodologia de imagem capaz de avaliar a densidade mineral óssea volumétrica e microarquitetura óssea no rádio e tíbia distais, e lesões localizadas periarticulares catabólicas (erosões) e anabólicas (osteófitos) nas artropatias inflamatórias. Objetivos: avaliar mulheres na pré-menopausa com AR de longa duração e explorar a relação entre parâmetros de comprometimento ósseo sistêmico e localizado analisados simultaneamente por HR-pQCT. Métodos: oitenta mulheres consecutivas na pré-menopausa com AR foram avaliadas. A densidade mineral óssea volumétrica (vBMD), microarquitetura e análise de elemento finito foram realizados por HR-pQCT do rádio e tíbia distais e comparados com parâmetros de 160 controles femininos saudáveis pareados por idade e índice de massa corpórea. O envolvimento ósseo localizado foi avaliado por HR-pQCT na 2ª e 3ª articulações metacarpofalângicas e 2ª e 3ª interfalângicas proximais para identificar erosões e osteófitos. Resultados: a média de idade das pacientes foi de 39,4 ± 6,7 anos e o tempo de doença de 9,8 ± 5,3 anos. Paciente com AR apresentaram comprometimento de parâmetros trabeculares, corticais e de resistência óssea, comparado com controles saudáveis (p < 0,05). Erosões ósseas foram encontradas em 75% das pacientes e osteófitos em 41,3%, ambos localizados principalmente na cabeça metacarpofalângica. Foi observada associação entre erosão e osteófito (p = 0,001). Comparando pacientes com erosão e sem erosão, tanto no rádio quanto na tíbia, menor vBMD cortical (rádio: 980 ± 72 mgHA/cm3 versus 1021 ± 47 mgHA/cm3 , p = 0,03; e tíbia: 978 ± 34 mgHA/cm3 versus 1003 ± 34 mgHA/cm3 , p = 0,04, respectivamente) e maior porosidade cortical (rádio: 2,8 ± 2,5% versus 1,8 ± 1,6%, p = 0,04; e tíbia: 3,7 ± 1,6% versus 2,7 ± 1,6%, p = 0,01, respectivamente) foram observadas nas pacientes com erosão. No rádio, o volume de osteófito foi correlacionado positivamente com vBMD trabecular (0,392, p = 0,02), número de trabéculas (0,381, p = 0,03) e rigidez óssea (0,411, p = 0,02), e correlacionado negativamente com separação trabecular (-0,364, p = 0,04). Conclusão: este estudo demonstrou que mulheres pré-menopausadas com AR de longa duração apresentaram fragilidade óssea sistêmica em sítios periféricos. Observou-se também que as erosões ósseas foram associadas à fragilidade do osso cortical no rádio e tíbia, e os osteófitos correlacionados com reparo do osso trabecular no rádio. (AU)

Processo FAPESP: 18/05596-2 - Comparação dos parâmetros ósseos obtidos por histomorfometria óssea, HR-pQCT e escore trabecular ósseo em pacientes com Artrite Reumatoide
Beneficiário:Mariana Ortega Perez
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado Direto