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Gestão democrática: práticas discursivas dos integrantes de escolas públicas estaduais paulistas ocupadas em 2015/2016

Texto completo
Autor(es):
Viviane Izaias de Carvalho
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Marília. 2020-07-23.
Instituição: Universidade Estadual Paulista (Unesp). Faculdade de Filosofia e Ciências. Marília
Data de defesa:
Orientador: Graziela Zambão Abdian
Resumo

Esta pesquisa objetivou analisar as práticas discursivas construídas sobre gestão democrática por diferentes integrantes de duas escolas públicas da rede estadual paulista ocupadas em 2015/2016 contra a política governamental de reorganização escolar. A proposta é desdobramento de uma pesquisa de iniciação científica cujo objetivo foi investigar os sentidos construídos sobre gestão democrática por diferentes integrantes de escolas públicas pertencentes à rede estadual paulista. A pesquisa de mestrado parte de algumas constatações que a justificam, entre elas, duas merecem destaque: poucas pesquisas se desenvolvem tendo como foco todos os integrantes da escola, uma vez que priorizam professores e gestores; há predomínio de pesquisas prescritivas à realidade escolar. Afinal, quais são as práticas discursivas construídas sobre gestão democrática por diferentes integrantes das escolas públicas estaduais paulistas, ocupadas em 2015/2016 contra a reorganização escolar? O material de análise foram entrevistas semiestruturadas realizadas com dois integrantes de cada segmento de duas escolas públicas da rede estadual paulista – gestores(as), professores(as), funcionário(a), estudantes. Para a análise do material coletado utilizamos o referencial teórico-metodológico de Laclau e Mouffe (2015), a Teoria do Discurso, aprofundando e ampliando, desta forma, o que foi desenvolvido na iniciação científica. A análise indicou que a experiência nas ocupações teve grande importância na ressignificação da escola e das categorias política, gestão e democracia; elas foram consideradas uma coisa só pelos integrantes entrevistados. Também permitiu reconhecer o movimento de ocupação como hegemônico, pois as condições para a hegemonia são justamente essa presença de forças antagônicas se articulando para criar pontos nodais e significantes vazios (LACLAU; MOUFFE, 2015). Nenhuma das demandas particulares dos entrevistados seria suficiente para ocupar as escolas, eles precisaram articular-se e equivaler-se, não deixando suas particularidades e paixões de lado, mas se articulando em um objetivo comum: lutar contra a reorganização escolar. Reconhecemos também como um movimento democrático, pois, uma sociedade democrática, segundo o autor, não é aquela em que o melhor conteúdo reina sem contestação, como nesse caso, mas no qual há sempre a possibilidade de questionamento e nada é alcançado de uma vez por todas. A democracia só se torna possível se reconhecermos o valor que uma identidade deslocada possui. (AU)

Processo FAPESP: 18/12444-4 - Gestão democrática: práticas discursivas dos integrantes de escolas públicas estaduais paulistas ocupadas em 2016
Beneficiário:Viviane Izaias de Carvalho
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado