Busca avançada
Ano de início
Entree


Segurança no uso de medicamentos em unidade de internação oncológica especializada na saúde da mulher

Texto completo
Autor(es):
Amanda Canato Ferracini
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Médicas
Data de defesa:
Membros da banca:
Priscila Gava Mazzola; Luiz Carlos Zeferino; Daniel Fábio Kawano
Orientador: Sophie Françoise Mauricette Derchain; Priscila Gava Mazzola
Resumo

Durante a hospitalização, pacientes com câncer mamário e ginecológico recebem múltiplas medicações para seu tratamento. Por esse motivo, os erros de prescrição podem ocorrer em uma unidade de internação oncológica e as intervenções farmacêuticas podem auxiliar na detecção e prevenção destes erros. O objetivo deste estudo foi analisar o número total de erros de prescrição observados e intervenções farmacêuticas realizadas em prescrições de pacientes internadas em uma unidade de internação oncológica especializada na saúde da mulher. Estudo intervencionista, transversal, de caráter prospectivo e não controlado realizado em uma unidade de internações de oncologia clínica especializada no cuidado de pacientes com câncer de mama e de ginecológico no Hospital da Mulher Prof. Dr. Aristodemo Pinotti (CAISM) ¿ UNICAMP. O farmacêutico clínico analisou as prescrições realizadas por médicos residentes do segundo, terceiro e quarto ano de residência (MR2, MR3 e MR4, respectivamente) no período de Julho de 2014 a Março de 2015. Os erros de prescrição foram quantificados, classificados. As classes medicamentosas mais envolvidas nos erros foram quantificadas e classificadas. Os erros de prescrição foram divididos em prevenidos e não prevenidos a partir das intervenções farmacêuticas realizadas. Os medicamentos mais envolvidos em erros foram quantificados e classificados. As intervenções foram quantificadas, classificadas e divididas entre aceitas, parcialmente aceitas e não aceitas pelos médicos residentes. A significância clínica dos erros prescrição e das intervenções farmacêuticas foi classificada. Análises estatísticas foram realizadas. Um total de 1.874 de 248 pacientes foram analisadas, sendo a maioria das prescrições realizadas pelos MR2 (1.069). O farmacêutico clínico identificou 283 erros de prescrição e o erro mais comum foi medicamento inseguro por presença de interação medicamentosa (n = 89). Desses 283 erros, 220 (77,7%) foram prevenidos. Medicamentos do aparelho digestivo e metabolismo (n = 161) e anti-infecciosos para uso sistêmico (n = 54) foram os mais envolvidos nos erros de prescrição. Foram realizadas 294 intervenções e as mais comuns foram interação medicamentosa (n = 89) e ajuste de dosagem (n = 79). Dessas intervenções, 216 foram aceitas, 12 parcialmente aceitas e 66 não aceitas. A significância clínica do erro de prescrição foi `significante¿ (76,3%; n = 216) e o impacto da intervenção foi `muito significante¿ (72,1%; n = 212). Pode-se concluir que os erros mais comuns de prescrição encontrados em uma unidade de internação oncológica especializada em pacientes internadas com câncer mamário e ginecológico foram interações medicamentosas, relacionadas medicamentos para o aparelho digestivo e metabolismo. As intervenções farmacêuticas apresentaram uma boa taxa de aceitação pelos médicos residentes independente no ano de formação e apresentou um impacto muito significativo em evitar erros de prescrição significantes (AU)

Processo FAPESP: 14/04226-6 - Segurança no uso de medicamentos em unidade de internação oncológica especializada em saúde da mulher
Beneficiário:Amanda Canato Ferracini
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado