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Análise comparativa do reparo alveolar em camundongos fêmeas C57BL/6 em falência ovariana provocada pela senescência, induzida quimicamente ou por ovariectomia.

Texto completo
Autor(es):
Ana Carolina Zucon Bacelar
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Araçatuba. 2022-02-24.
Instituição: Universidade Estadual Paulista (Unesp). Faculdade de Odontologia. Araçatuba
Data de defesa:
Orientador: Mariza Akemi Matsumoto
Resumo

Diferentes modelos animais são utilizados para investigação do metabolismo e reparo ósseo pós-menopausa, resultando em diferentes impactos na produção dos hormônios ovarianos. O presente trabalho analisou e comparou o processo de reparo ósseo intramembranoso após a extração dentária de camundongos fêmeas em condição de estropausa fisiológica, induzida quimicamente e por ovariectomia, bem como os níveis séricos de marcadores ósseos e de estresse oxidativo. Foram utilizados 46 camundongos fêmeas C57BL/6J, com idades iniciais entre 4, 6 e 18 meses, pesando cerca de 25 - 28 gramas, as quais constituíram cinco grupos: CT – animas que não receberam nenhum tratamento (6 meses), SHAM – ovariectomia fictícia (4 meses), OVX – submetidas a ovariectomia (4 meses), VCD – medicadas com diepóxido 4-vinilciclohexeno (VCD) (4 meses) na dose de 160 mg/Kg/dia, via IP por 20 dias consecutivos e ID – em período pós-estropausa fisiológica (18 meses). Constatada a condição de diestro persistente nos animais de todos os grupos, os mesmos foram submetidos a exodontia do incisivo superior direito para posterior eutanásia nos períodos de 7 e 21 dias, quando as maxilas contendo os alvéolos foram removidas para obtenção de lâminas histológicas coradas com HE, Tricrômico de Goldner e para a técnica imuno-histoquímica para as proteínas RANKL e OPG. O sangue também foi coletado para as análises bioquímicas para dosagem dos níveis de cálcio, fosfato, fosfatase alcalina (FAL) e TRAP total, bem como para capacidade antioxidante total e TBARs. A análise histopatológica revelou que todos os alvéolos repararam aos 21 dias; porém, com diferenças nos aspectos histomorfológicos entre os grupos. Os grupos Controle e SHAM apresentaram trabeculado ósseo regular e em remodelação com moderada marcação para RANKL e OPG. Já os grupos OVX e Idosa apresentaram trabéculas ósseas irregulares e delgadas desde o dia 7, as quais mostravam-se pouco celularizadas aos 21 dias. O grupo VCD exibiu neoformação mais discreta aos 7 dias, porém, com tecido ósseo em franca remodelação aos 21 dias. Apesar destas diferenças, notou-se moderada marcação para RANKL e OPG nestes grupos, com destaque para o infiltrado inflamatório mononuclear. Os níveis séricos de TRAP e FAL estavam significativamente aumentados no grupo Idosa aos 21 dias em comparação com os demais grupos, bem como a capacidade antioxidante total. Não foram observadas diferenças estatísticas nos níveis de cálcio e fosfato, e em TBARs. A partir dos resultados obtidos pode-se concluir que os diferentes modelos de falência ovariana, fisiológica ou precoce, interferem de modo distinto no reparo ósseo alveolar pós-exodontia, bem como nos níveis séricos nos marcadores de remodelação óssea e de capacidade antioxidante, devendo ser considerados no momento da seleção do modelo e correlação com os achados clínicos em humanos. (AU)

Processo FAPESP: 20/07999-7 - Análise comparativa do reparo ósseo intramembranoso alveolar em camundongos fêmeas C57BL/6 em condição de estropausa induzida quimicamente, por ovariectomia e por envelhecimento
Beneficiário:Ana Carolina Zucon Bacelar Marcolino
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado