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Avaliação da associação do extrato bruto diclorometânico de frutos de Pterodon pubescens Benth. e do óleo essencial de Cordia verbenacea DC na atividade antinociceptiva e anti-inflamatória

Texto completo
Autor(es):
Rosanna Tarkany Basting
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Médicas
Data de defesa:
Membros da banca:
Mary Ann Foglio; Jörg Kobarg; Rodrigo Ramos Catharino; Angela Maria Carneiro Araújo; Dulce Helena Siqueira Silva
Orientador: Mary Ann Foglio
Resumo

As espécies Pterodon pubescens Benth. (sucupira) e Cordia verbenacea DC são plantas utilizadas pela população pelas suas propriedades analgésicas, anti-inflamatórias e antirreumáticas. Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito farmacológico da associação do extrato bruto dos frutos de Pterodon pubescens Benth. (Pp) com o óleo essencial de Cordia verbenacea DC (Cv) em modelos experimentais in vivo de nocicepção e inflamação. Adicionalmente, os extratos, a associação dos extratos e dois dos principais compostos ativos, ?-Humuleno e os isômeros de posição éster 6?-acetoxi-7?-hidroxi-vouacapano-17?-oato de metila e éster 6?-hidroxi -7?- acetoxi -vouacapano-17?-oato de metila (vouacapano com m/z 404 ¿ C1) foram avaliados na migração e proliferação de queratinóticos imortalizados humanos (HaCaT) e na atividade anti-inflamatória (VEGF e IL-8) in vitro em células estimuladas pelo fator de necrose tumoral alpha (TNF-?). A administração oral das associações não causou alterações nos parâmetros comportamentais dos animais, no aumento de peso nos testes de toxicidade aguda e teste de campo aberto. A interação entre a associação dos extratos avaliada pelo método do isobolograma foi classificada como uma interação de sinergismo. No teste de formalina, as associações foram apenas significativas na fase inflamatória. Nos modelos de placa quente e retirada de cauda, as associações não mostraram eficácia. No modelo de edema de pata induzido por carragenina, as associações mostraram uma redução significativa do edema. No modelo de edema de pata induzido por PGE2, a associação mostrou uma redução significativa do edema. Na migração de leucócitos na peritonite induzida por carragenina, as associações não reduziram significativamente a migração de leucócitos. Na alodinia mecânica induzida por Adjuvante Completo de Freund, os dados mostraram que as associações foram efetivas na fase aguda com pronunciado efeito na fase crônica. A análise realizada por HPLC-DAD e FID mostrou concentrações determinadas importantes de ?-Humuleno (0,64% Pp; 1,23% Cv), trans-Cariofileno (4,54% Pp; 4,03% Cv), geranilgeraniol (0,21% Pp; 0,12% Cv) e compostos m/z 404 (14,61% Pp) e m/z 362 (6,55% Pp). Na avaliação da migração celular in vitro, foi demonstrado que o Pp, o Cv e a associação de ambos inibiram a proliferação e a migração celular in vitro. O composto m/z 404 (C1) também apresentou ação antiproliferativa e inibiu a migração celular em concentrações mais elevadas. Assim, estes compostos teriam potencial uso como um tratamento local contra doenças cutâneas envolvidas na hiperproliferação. O ?-Humuleno demonstrou atividade na migração celular em todas as concentrações testadas. Nas células estimuladas por TNF-?, Pp e Cv aumentaram a produção de VEGF, concentração-dependente. A associação na maior concentração aumentou os níveis de VEGF. C1 aumentou os níveis de VEGF em concentrações mais elevadas. O ?-Humuleno aumentou significativamente os níveis de VEGF em concentrações mais elevadas. Todas as amostras reduziram os níveis de IL-8 na atividade anti-inflamatória in vitro. Portanto, sugerimos que o ?-Humuleno pode ter uma atividade dupla - em concentrações mais altas, o composto mostra um efeito anti-inflamatório e angiogênico, enquanto em concentrações mais baixas, exerce atividade anti-angiogênica inibindo a migração, possivelmente pela prevenção da secreção de VEGF. O tratamento com ?-Humuleno pode ser uma estratégia terapêutica potencial para promover a cicatrização de feridas e para prevenir a inflamação em uma condição inflamatória persistente. Os resultados apresentados demonstram que a associação do extrato bruto dos frutos de Pterodon pubescens Benth. (Pp) com o óleo essencial da Cordia verbenacea DC (Cv) apresentam efeito sinérgico e demonstram importantes atividades antinociceptivas e anti-inflamatórias, em doses mais baixas do que os extratos brutos separados, provavelmente atuando em diferentes receptores farmacológicos, sem demonstrar efeitos colaterais. No entanto, este efeito sinérgico não foi observado nos testes in vitro (AU)

Processo FAPESP: 15/08600-2 - Pterodon pubescens Benth. e Cordia verbenacea DC: avaliação do efeito sinérgico na atividade anti-inflamatória e estudos de mecanismos de ação e sinalização celular
Beneficiário:Rosanna Tarkany Basting
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado Direto