Busca avançada
Ano de início
Entree


Oxigênio-ozonioterapia para tratamento de Acidente Vascular Encefálico isquêmico induzido em modelo in vitro animal

Texto completo
Autor(es):
Jéssica Rodrigues Orlandin
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Pirassununga.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Zootecnica e Engenharia de Alimentos (FZE/BT)
Data de defesa:
Membros da banca:
Carlos Eduardo Ambrosio; Natalia Juliana Nardelli Gonçalves; Salvatore Nesci; Annalisa Santucci; Atanásio Serafim Vidane
Orientador: Carlos Eduardo Ambrosio
Resumo

O Acidente Vascular Encefálico, ou AVE, é a patologia mais comum do sistema nervoso central em humanos, sendo a segunda causa de morte e incapacidades físicas e cognitivas nos países em desenvolvimento. É um distúrbio vascular, que pode se apresentar de forma isquêmica (mais comum) ou hemorrágica. Embora ainda haja carência de estudos sobre a prevalência de acidentes vasculares cerebrais em animais, acredita-se que a patologia esteja se tornando cada vez mais comum, principalmente devido aos hábitos e idade progressiva de cães e gatos. O ozônio é um gás oxidante, capaz de oxidar ligações duplas de moléculas orgânicas, produzindo lipoperóxidos e aldeídos. Entre vários outros efeitos do ozônio, podemos citar a estimulação do sistema imunológico e antioxidante e a melhora na vascularização e oxigenação dos tecidos. Foi demonstrado anteriormente que a terapia com ozônio pode ser eficaz na neuromodulação, neuroproteção e regeneração nervosa. O presente estudo tem como objetivo avaliar o efeito do tratamento com ozônio após isquemia cerebral induzida. O experimento foi dividido em três etapas: etapa in vivo (estudo piloto), realizada no Brasil; etapa in vitro realizada com células da linhagem de neuroblastoma na Itália; e etapa in vitro realizada com células-tronco de membrana amniótica, realizada no Brasil. A etapa in vivo, realizada em 5 ratos como estudo piloto, foi interrompida devido à alta taxa de mortalidade e falta de resultados brutos. A primeira etapa in vitro, realizada com células da linhagem de neuroblastoma (SH-SY5Y) submetidas a 24 horas de hipóxia em câmara de cultura incubadora e tratamento com diferentes concentrações de ozônio (2 - 10 µg/mL) indicou um possível efeito neurorregenerativo do ozônio em baixas concentrações. O mesmo protocolo foi aplicado para células-tronco de membrana amniótica canina, que foram avaliadas por espectrofotometria de ensaio colorimétrico, microscopia de fluorescência e citometria de fluxo. Os resultados corroboraram com a primeira etapa do estudo, onde células tratadas com baixa concentração de ozônio (3 - 8 µg/mL) apresentaram melhores condições metabólicas, menor nível de apoptose e estresse oxidativo comparável às células que não foram submetidas à hipóxia. Altas concentrações de ozônio (18 -30 µg/mL) promovem aumento nas taxas de apoptose e morte celular. Vale destacar que estipulamos um protocolo inédito que mimetiza a ozonioterapia para AVC isquêmico, utilizando meio de cultivo ozonizado após a indução da hipóxia. Embora sejam necessários mais estudos para abrir novos caminhos para a medicina translacional, conclui-se que o ozônio tem efeito hormético dose-dependente e em baixas concentrações e foi capaz de reverter o efeito da isquemia in vitro. (AU)

Processo FAPESP: 18/24552-6 - Oxigênio-ozonioterapia para tratamento de Acidente Vascular Encefálico Isquêmico induzido em modelo in vitro animal
Beneficiário:Jéssica Rodrigues Orlandin
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado