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Bloqueio meiótico em oócitos de equinos como alternativa para melhora da viabilidade

Texto completo
Autor(es):
Mariana Lemos Nagib Jorge
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Botucatu. 2023-03-20.
Instituição: Universidade Estadual Paulista (Unesp). Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia. Botucatu
Data de defesa:
Orientador: Fernanda da Cruz Landim; Elisa Sant'Anna Monteiro da Silva
Resumo

A manutenção dos oócitos equinos em bloqueio meiótico, seja através do uso de inibidores de meiose ou manutenção deles em temperatura ambiente, é benéfica para o posterior desenvolvimento embrionário. Com o objetivo de testar a viabilidade da manutenção de oócitos em meio de cultivo embrionário comercial disponível no Brasil (Botuembryo), comparando ao meio de cultivo acrescido de inibidor de meiose (Butirolactona), antes da maturação in vitro (MIV), concebeu-se este ensaio. Foram utilizados 149 oócitos equinos, separados em 3 grupos: Controle, Botuembryo e Butirolactona. O grupo Controle seguiu direto para a MIV por 24 horas, os grupos Botuembryo e Butirolactona passaram por um processo de pré-maturação (PM) por 20 horas com os respectivos produtos, e depois seguiram para a MIV por mais 24 horas. No grupo Controle, o momento 1 (M1) corresponde ao momento da obtenção dos oócitos, já nos grupos Botuembryo e Butirolactona, o M1 corresponde ao final da PM. O momento 2 (M2), nos 3 grupos, foi após a MIV. Após a coloração, a maturação nuclear e citoplasmática foi avaliada pela microscopia confocal. A investigação da expressão gênica foi realizada por RT-qPCR. Nos oócitos foram analisados os genes: Proteína Morfogenética Óssea 15 (BMP15), Conexina 37 (Cx37), Fator de Crescimento e Diferenciação 9 (GDF9) e Metaloproteinase de Matriz 2 (MMP2); já nas células do cumulus (CCs) foram avaliados os genes: Ampiregulina (AREG), Conexina 43 (Cx43), Hialurona Sintetase 2 (HAS2), Receptor de FSH (FSHR) e Receptor de LH (LHR). Na avaliação da maturação nuclear foram encontrados resultados semelhantes entre os grupos tratados e na análise da maturação citoplasmática foi encontrado no grupo Butirolactona o maior percentual de oócitos imaturos no M1, maior percentual de oócitos maduros no M2, e menor percentual de degeneração. Por outro lado, os dados da expressão gênica, demonstraram que houve falha do bloqueio da maturação molecular no grupo Butirolactona, com aumento da abundância de AREG e HAS2 no M1, e diminuição no M2. Além disso, observou-se superioridade do grupo Botuembryo, entre os grupos tratados, no M1, em relação a menor abundância de AREG, LHR e HAS2 e maior abundância de FSHR; já no M2, apresentou maior abundância de GDF9, indicando melhor qualidade tanto dos oócitos como das CCs. Embora os resultados obtidos com o uso da Butirolactona ou do Botuembryo sejam semelhantes em relação a maturação nuclear e citoplasmática, os resultados de maturação molecular demonstraram a superioridade do Botuembryo para manter a qualidade de oócitos e CCs antes da realização de técnicas de fertilização assistida em equinos. (AU)

Processo FAPESP: 20/01646-5 - Bloqueio meiótico em oócitos de equinos como alternativa para melhora de viabilidade
Beneficiário:Mariana Lemos Nagib Jorge
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado