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Treinamento resistido melhora o funcionamento e a sobrevivência das células beta pancreáticas, em roedores saudáveis e diabéticos

Texto completo
Autor(es):
Gabriela Alves Bronczek
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Antonio Carlos Boschero; Claudio Chrysostomo Werneck; Sandra Lucinei Balbo; Maria Lúcia Bonfleur; Helena Cristina de Lima Barbosa
Orientador: Antonio Carlos Boschero
Resumo

O exercício resistido promove benefícios no controle glicêmico em indivíduos saudáveis e diabéticos. Neste trabalho, investigamos se tal efeito está relacionado com alterações no funcionamento e sobrevivência das células beta pancreáticas, induzidas por esta modalidade de exercício. Para isso, utilizamos camundongos C57BL/6 distribuídos em dois grupos: controle (CON, sedentário) e treinamento resistido (RET, 10 semanas de treinamento). Adicionalmente, foram realizados experimentos in vitro com uma linhagem de células beta provenientes de insulinoma de rato (INS-1E). As células INS-1E foram incubadas com meio contendo 10% de soro dos camundongos CON ou RET por 24h e, em seguida, expostas ao CPA (25 µM), um indutor de estresse de retículo endoplasmático (RE), por 16h; ou às citocinas pró-inflamatórias interleucina-1ß (10 U/ml) + interferon-'y' (100 U/ml), por 24h. Em seguida, utilizamos camundongos C57BL/6 distribuídos em dois grupos: controle (CTL) e diabetes mellitus tipo 1 (MLDS, receberam uma dose de 40 mg/kg de estreptozotocina por 5 dias). Após a confirmação da instalação do diabetes, os camundongos foram redistribuídos em dois grupos: MLDS (sedentários), e MLDS+RET (treinamento resistido por 10 semanas). Os camundongos saudáveis treinados (RET) apresentaram melhora na tolerância à glicose e redução da glicemia, sem alteração na sensibilidade à insulina. Estes também apresentaram maior insulinemia em estado alimentado, associado a maior secreção de insulina. Ainda, as ilhotas dos camundongos do grupo RET apresentaram redução na expressão de genes relacionados ao estresse de RE, e aumento na expressão do gene Ins2. Células INS-1E tratadas com o soro dos camundongos treinados apresentaram padrão de secreção de insulina e expressão gênica similar ao observado nas ilhotas dos camundongos RET. Frente à exposição ao CPA, o soro dos camundongos RET preservou a função secretora das células INS-1E, e preveniu a morte celular induzida pelo estressor. Além disso, o aumento na secreção de insulina em células INS-1E, incubadas com o soro dos camundongos treinados, está relacionado a maior expressão de GLUT2 e glicoquinase nestas células. Ainda, em células expostas às citocinas inflamatórias, o soro dos camundongos RET preservou a secreção de insulina e a expressão da glicoquinase, reduziu a expressão de proteínas relacionadas com vias pró-apoptóticas, e protegeu as células de morte celular. Nos camundongos MLDS, o treinamento resistido reduziu a glicemia (jejum e alimentado) e melhorou a tolerância à glicose, o que pode ser explicado pelo aumento na insulinemia (jejum e alimentado) e massa de célula beta observados nos camundongos diabéticos treinados. Dessa forma, concluímos que o treinamento resistido estimula a liberação de fatores humorais, os quais podem tornar as células beta mais resistentes a condições prejudiciais e melhorar a sua resposta secretora frente, ao estímulo de glicose (AU)

Processo FAPESP: 18/15032-9 - Efeito do treinamento resistido sobre a função e massa das células beta pancreáticas de roedores saudáveis e diabéticos
Beneficiário:Gabriela Alves Bronczek
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado