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Drug repurposing na Oncologia Veterinária: estudo in vitro do potencial oncolítico de cepas vacinais do vírus da Doença de Newcastle no tratamento de melanoma canino

Texto completo
Autor(es):
Júlia de Carvalho Nakamura
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Cristina de Oliveira Massoco Salles Gomes; Paulo Eduardo Brandão; Joaquim Aparecido Machado
Orientador: Cristina de Oliveira Massoco Salles Gomes
Resumo

Tumores em crescimento progressivo e clinicamente aparentes desenvolvem estratégias para evadir os mecanismos protetores do sistema imune. A capacidade do vírus da Doença de Newcastle (NDV) de infectar células cancerígenas, transformá-las e promover sinais de alerta ao sistema imune vem sendo explorada em humanos há décadas com resultados promissores na terapêutica antitumoral. Na Medicina Veterinária, ensaios clínicos utilizando vírus oncolíticos são escassos e pouco se conhece a respeito das propriedades de cepas virais vacinais como agentes terapêuticos. Diante do cenário socioeconômico e regulatório do Brasil, estratégias para agilizar e baratear o desenvolvimento e registro de terapias contra o câncer precisam ser adotadas para torná-las acessíveis. Uma estratégia é chamada de “drug repurposing ” ou “reposicionamento ”, em que substâncias já registradas para o tratamento ou prevenção de uma enfermidade são utilizadas em outro contexto. Portanto, este trabalho foi estruturado em três pilares: acessibilidade, virologia e imuno-oncologia. Utilizaram-se dois tipos de cultivos celulares primários de melanoma canino (MeLn e GAB) para testar a atividade oncolítica de cepas vacinais do vírus da Doença de Newcastle (NDV1 e NDV2). A observação morfológica por microscopia óptica e ensaios de citometria de fluxo mostraram que doses extremamente baixas dos vírus NDV1 e NDV2 foram capazes de induzir efeitos citotopáticos e provocaram morte celular em células MeLn e GAB, sendo GAB mais suscetível a ambos os vírus, o que pode estar relacionado à menor magnitude de ativação da via de interferon do tipo I (IFN-I), avaliada por RT-PCR de acordo com a expressão dos genes MDA5, RIG-I, IFNA-7 e IFNB. Investigou-se também se a densidade de receptores de ácido siálico na membrana celular (potenciais receptores para vírus da família Paramyxoviridae) explicaria a maior suscetibilidade de GAB aos vírus: utilizando-se a marcação indireta desses receptores com lectinas fluorescentes SNA e MAL-I em ensaios de citometria de fluxo, observou-se que, embora a intensidade de fluorescência média de células marcadas com as lectinas não tenha relação direta com a suscetibilidade das células MeLn e GAB ao NDV, o padrão de marcação com MAL-I (heterogêneo ou homogêneo) pode estar correlacionado à ação do NDV1, representando um potencial biomarcador para predizer a resposta de pacientes à terapia viral. (AU)

Processo FAPESP: 18/18448-1 - Drug repurposing na oncologia veterinária: estudo in vitro do potencial oncolítico e imunoestimulatório de cepas virais vacinais aviárias no tratamento de melanoma canino
Beneficiário:Júlia de Carvalho Nakamura
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado