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Taxonomia integrativa, filogenia e coevolução de monogenóideos (Platyhelminthes: Cercomeromorpha) parasitos de Ariidae (Osteichthyes: Siluriformes) da costa brasileira

Texto completo
Autor(es):
Geusivam Barbosa Soares
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Edson Aparecido Adriano; Silmara Marques Allegretti; Simone Chinicz Cohen; Ricardo Massato Takemoto
Orientador: Edson Aparecido Adriano; Marcus Vinicius Domingues
Resumo

Este estudo visou, a partir de uma abordagem integrativa, conhecer e descrever a diversidade de monogenóideos parasitos de peixes Ariidae da costa brasileira, propor hipóteses filogenéticas para os monogenóideos estudados, testar a validade evolutiva de seus taxa propondo mudanças taxonômicas compatíveis com os resultados obtidos, e elucidar os processos coevolutivos responsáveis pelos padrões de diversificação destes parasitos de ariídeos da costa Atlântica da América do Sul. O estudo está apresentado na forma de capítulos, sendo que o Capítulo I apresenta, a partir de dados morfológicos e moleculares (18S rDNA, ITS1, 5.8S rDNA e ITS2), a descrição de uma nova espécie de monogenóideo e a proposta de um novo gênero, bem como a avaliação das relações filogenéticas entre monogenóideos que parasitam Siluriformes da região Oriental. No Capítulo II, foi descrita uma nova espécie de Udonellidae, encontrada parasitando ariídeos no litoral brasileiro. A partir das análises morfológicas e moleculares (18S rDNA), foi possível distinguir a espécie nova de outras espécies válidas, e através de análises filogenéticas, verificou-se uma estreita relação entre a espécie nova e Udonella australis, em um subclado de espécies que parasitam peixes sul-americanos. A partir desses dados, discutiu-se um possível cenário de inicial irradiação para os udonellídeos distribuídos globalmente. No Capítulo III, também utilizando análises morfológicas e moleculares (18S rDNA), descreveu-se uma nova espécie de Chauhanellus encontrada nas brânquias de aríideos no litoral Sul do Brasil, redescreveu-se a espécie Chauhanellus velum e disponibilizou-se novas sequências do 18S rDNA de várias outras espécies de Chauhanellus parasitos de ariídeos da América do Sul. A partir da reconstrução filogenética baseada nos dados moleculares, sugeriu-se que a nova espécie de Chauhanellus e C. velum são as duas primeiras linhagens divergentes de Chauhanellus da América do Sul. Por fim, foi possível fornecer um caminho para futuros estudos que busquem testar a monofilia de Chauhanellus e Hamatopeduncularia. De posse de conhecimentos sobre as espécies de monogenóideos que o correm em ariídeos, suas relações filogenéticas, e as associações entre esses parasitas e seus hospedeiros, o Capítulo IV fecha a tese com a aplicação de uma nova abordagem coevolutiva, denominada Cophylospace, a qual permitiu entender as relações coevolutivas entre monogenóideos e seus hospedeiros ariídeos da costa Atlântica da América do Sul. Sequências dos genes Cytb e RAG2 de espécies hospedeiras e 18S rDNA, ITS1, 5.8S rDNA e ITS2 de espécies de monogenóideos foram usados para a reconstrução filogenética. A filogenia dos parasitas obtida neste estudo representa a primeira hipótese filogenética completa de monogenóideos parasitando ariídeos da América do Sul. A morfologia da âncora dos monogenóideos, baseando-se nas coordenadas de Procrustes, foi utilizada para avaliar se hospedeiros proximamente relacionados estão associados a espécies de parasitos morfologicamente semelhantes. Para avaliar a associação entre a filogenia do parasito e a morfologia do hospedeiro, produziu-se uma matriz de distância baseada em caracteres morfológicos dos ariídeos. A congruência entre filogenias e entre filogenia e morfologia foi mensurada usando Procrustes R2 computado com Procrustean Approach to Cophylogeny (PACo). A análise Cophylospace sugeriu que enquanto a distância filogenética e morfológica dos monogenóideos contribui de forma semelhante para explicar o padrão de associações parasito-hospedeiro, a filogenia dos parasitas está mais associada às características morfológicas dos hospedeiros do que à filogenia hospedeira. Esta evidência sugere que a coespeciação não é a maior força que tem conduzido a diversificação dos monogenóideos estudados, sendo que as características morfológicas dos hospedeiros se mostraram ser a força mais importante. Este resultado está em conformidade com evidências de outros sistemas monogenóideo-hospedeiro (AU)

Processo FAPESP: 17/17531-0 - Taxonomia integrativa, filogenia e coevolução de monogenóideos (Platyhelminthes: Cercomeromorpha) parasitos de Ariidae (Osteichthyes: Siluriformes) da costa brasileira
Beneficiário:Geusivam Barbosa Soares
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado