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Quantificação de transcritos encefálicos do gene APOE alelo-específicos de ancestralidades Europeia e Africana

Texto completo
Autor(es):
Gabriel do Nascimento Santos
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Instituto de Biociências (IBIOC/SB)
Data de defesa:
Membros da banca:
Michel Satya Naslavsky; Gerson Shigeru Kobayashi; Renata Elaine Paraizo Leite
Orientador: Michel Satya Naslavsky; Luciana Amaral Haddad
Resumo

Alelos específicos do gene APOE são apontados como os principais fatores de risco para a manifestação tardia da doença de Alzheimer (DA). Três alelos funcionais comuns, &#949 2, &#949 3 e &#949 4, diferem-se por duas substituições não sinônimas. A presença do alelo &#949 4 confere um risco aumentado para DA, de forma dependente de dose (razão de chances 12,9 para indivíduos homozigotos e entre 3,2 e 4,2 para indivíduos heterozigotos, medidas em europeus). A forma mais prevalente da doença de Alzheimer possui etiologia multifatorial, onde, além de alelos de APOE, diversos fatores genéticos e ambientais influenciam sua patologia. Estudos recentes apontam que a ancestralidade da sequência ligada ao gene APOE modula o risco à doença. Isso sugere que elementos cis regulatórios do APOE interfiram na expressão do gene. A população brasileira resulta de miscigenação entre populações indígenas, africanas e europeias, oferecendo uma oportunidade de estudar os efeitos das diferentes ancestralidades no risco de DA. Assim, o presente estudo teve o objetivo de quantificar, de maneira alelo-específica, os transcritos do gene APOE cerebrais de indivíduos brasileiros com genótipos &#949 3/3 e &#949 3/4, considerando-se a ancestralidade local do gene, de forma independente de neuropatologia. Amostras de tecido cerebral foram obtidas de bancos de encéfalos e submetidas a RT-qPCR de transcritos do APOE. Identificamos uma expressão heterogênea entre as diferentes ancestralidades, com uma redução relativa na quantificação dos transcritos alelo específicos em indivíduos com alelo &#949 3 africano em comparação com a expressão no grupo de indivíduos com alelo &#949 3 europeu. Os resultados sugerem o papel de haplótipos específicos para ancestralidades locais na expressão de APOE, potencialmente modificando sua atividade nos tecidos. Este trabalho confirmou uma variação na quantidade de transcritos do alelo APOE 3 em indivíduos de ancestralidades distintas, que deve ser levada em conta como variável para o cálculo de risco genético. (AU)

Processo FAPESP: 21/13421-0 - Transcritos encefálicos do gene APOE alelo-específicos de ancestralidades europeia e africana
Beneficiário:Gabriel do Nascimento Santos
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado