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Dinâmica populacional e mecanismos de tolerância de espécies de plantas daninhas ao herbicida Glyphosate.

Texto completo
Autor(es):
Patrícia Andréa Monquero
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Piracicaba. , ilustrações, tabelas.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALA/BC)
Data de defesa:
Membros da banca:
Pedro Jacob Christoffoleti; Pedro Luis da Costa Aguiar Alves; Arquimedes Lavorenti; Jose Carlos Rolim; Ricardo Victoria Filho
Orientador: Pedro Jacob Christoffoleti
Área do conhecimento: Ciências Agrárias - Agronomia
Indexada em: Banco de Dados Bibliográficos da USP-DEDALUS; Biblioteca Digital de Teses e Dissertações - USP
Localização: Universidade de São Paulo. Biblioteca Central da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz; ESALQ-BC/t632.58; M751d 82095
Resumo

Aplicações repetitivas do herbicida glyphosate podem resultar em mudanças nas populações de plantas daninhas, devido a uma pressão seleção sobre espécies de plantas daninhas tolerantes ao herbicida. No entanto, os mecanismos de tolerância dessas espécies não estão completamente compreendidos, e a elucidação desses mecanismos é fundamental nas recomendações de estratégias para o manejo de plantas daninhas tolerantes ao glyphosate. Sendo assim, os objetivos desta pesquisa foram: (i) avaliar a dinâmica do banco de sementes das espécies de plantas daninhas Commelina benghalensis L., Ipomoea grandifolia (Dammer) O’Don e Richardia brasiliensis Gomez (tolerantes), Amaranthus hybridus L. e Galinsoga parviflora Cav. (suscetíveis), em áreas tratadas intensivamente com doses de glyphosate por dois anos consecutivos, (ii) caracterizar os mecanismos de tolerância C. benghalensis e I. grandifolia ao herbicida glyphosate e (iii) estudar a eficácia de controle sobre as plantas daninhas tolerantes por herbicidas alternativos isolados e em mistura com glyphosate. Nos estudos de dinâmica do banco de sementes foram coletadas periodicamente amostras de solos de uma área com aplicação repetitiva do glyphosate para analise quantitativa e qualitativa através de extração das sementes e de germinação de sementes em casa-de-vegetação. Na caracterização dos mecanismos de tolerância, experimentos foram instalados para quantificar a absorção e a translocação de 14 C glyphosate pelas plantas C. benghalensis, I. grandifolia, A. hybridus e Glycine max resistente (R) e suscetível (S) ao glyphosate, às 2, 4, 8, 12, 24, 48 e 72 horas após tratamento (HAT); analisando-se, ainda, o metabolismo do glyphosate pelas plantas daninhas a 72 HAT. Cromatografia de camada delgada foi utilizada para determinar à composição química das ceras epicuticulares e microscopia eletrônica de varredura para a caracterização da superfície foliar das plantas daninhas. Experimento em casa de vegetação com os herbicidas alternativos carfentrazone, flumioxazin, sulfentrazone, chlorimuron-ethyl e bentazon foi conduzido para testar as interações aditivas, sinergísticas ou antagônicas com glyphosate no controle de plantas daninhas tolerantes. Os resultados foram: Ao final de dois anos de aplicação repetitiva de glyphosate houve um acréscimo do banco de sementes das plantas daninhas tolerantes, e um decréscimo no banco de sementes das plantas daninhas sensíveis ao glyphosate. A taxa de absorção e translocação do 14 C glyphosate em A. hybridus e Glycine max R e S foi maior que das demais plantas estudadas; I. grandifolia apresentou excelente taxa de absorção, entretanto, a translocação desta espécie foi reduzida. Em C. benghalensis a taxa de absorção foliar do glyphosate foi baixa, porém, não houve impedimento a translocação. Em C. benghalensis foi encontrado, além de glyphosate, o metabólito ácido aminometilfosfônico (AMPA). As ceras da cutícula foliar de A. hybridus e I. grandifolia apresentaram características predominantemente hidrofílicas, e a superfície foliar não apresentou tricomas, sendo observado uma grande quantidade de estômatos. As ceras epicuticulares destas duas espécies de plantas daninhas apresentaram forma cristalina apenas em A. hybridus. Em C. benghalensis as ceras são relativamente mais hidrofóbicas, o que pode ter influenciado na menor penetração de glyphosate; sendo que, a superfície foliar apresenta tricomas e um número menor de estômatos, e estes estão recobertos por cera epicuticular. (AU)

Processo FAPESP: 00/01890-0 - Dinâmica populacional de plantas em áreas de aplicação repetitiva de glyphosate e estudos bioquímicos e fisiológicos comparando plantas resistentes e suscetíveis aos herbicidas
Beneficiário:Patrícia Andrea Monquero
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado