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Uma alternativa sindical?: a negação do propositivismo no sindicalismo metalurgico paulista

Texto completo
Autor(es):
Mariana Leite Figueiredo
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Data de defesa:
Membros da banca:
Angela Maria Carneiro Araújo; Andréia Galvão; Ricardo Antunes
Orientador: Angela Maria Carneiro Araújo
Resumo

O propósito desta dissertação de mestrado é realizar um estudo sobre o que se convencionou denominar, nos anos 90 e início dos anos 2000, a ¿esquerda da CUT¿, a partir de três dos mais importantes representantes dessa fração do movimento sindical brasileiro: os sindicatos dos metalúrgicos de Campinas, Limeira e São José dos Campos. O objetivo específico é analisar a prática concreta dessas entidades e seus resultados na defesa dos trabalhadores de suas bases. O objetivo geral da dissertação é, por sua vez, oferecer, ao debate sobre o sindicalismo brasileiro nos anos 90 e 2000, elementos empíricos e uma discussão teórica sobre a prática sindical ¿não propositiva¿, estes relativamente ausentes na produção nacional sobre a questão sindical. Os resultados da pesquisa apontam para a positividade das táticas e da estratégia das entidades estudadas, cujo norte foi a resistência à qualquer redução de direitos, a manutenção de um discurso classista e da crítica sistemática ao neoliberalismo, além da ênfase na organização e na formação política dos trabalhadores. Os resultados positivos foram verificados empiricamente a partir da análise dos acordos coletivos e da observação da manutenção de índices significativos de sindicalização. A esses, soma-se a negação da premissa segundo a qual ¿não há alternativa¿ à acomodação e moderação do sindicalismo brasileiro imposta pela conjuntura desfavorável aos trabalhadores, que suporte a pressão e o poder ¿dos mercados¿. Por outro lado, os resultados apontam também para as dificuldades colocadas aos sindicatos estudados, que decorreram, em grande medida, do processo de aprofundamento da exploração capitalista e do aumento do desemprego e da precarização do trabalho com a implementação de novas técnicas de gestão e do avanço das políticas neoliberais, cujos resultados mais visíveis foram: a dificuldade de realizar mobilizações significativas e de incorporar novos militantes, em especial os mais jovens, a falta de rotatividade da diretoria e a impossibilidade de refrear a tendência à burocratização das entidades. Enfim, a limitação da ação sindical ao campo da resistência (AU)

Processo FAPESP: 04/11188-1 - Uma estrategia sindical alternativa? a negacao do propositivismo no sindicalismo metalurgico.
Beneficiário:Mariana Leite Figueiredo
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado