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Estudo prospectivo da resposta imunologica de crianças brasileiras altamente expostas ao Streptococcus mutans: influencia da especificidade da resposta imune na infeção

Texto completo
Autor(es):
Ruchele Dias Nogueira
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Piracicaba, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Odontologia de Piracicaba
Data de defesa:
Membros da banca:
Renata de Oliveira Mattos Graner; Celia Regina Whitaker Carneiro; Marcia Pinto Alves Mayer; Reginaldo Bruno Gonçalves; José Francisco Höfling
Orientador: Renata de Oliveira Mattos Graner
Resumo

Streptococcus mutans (SM) são os principais patógenos da cárie dental. Neste estudo exploramos a influência do sistema imune de mucosa na infecção inicial pelo SM em crianças altamente expostas a este microrganismo. Cento e dezenove crianças, com idade inicial entre 5 a 13 meses de idade foram analisadas no início do estudo (T0) e após 6 (T6), 12 (T12) e 18 (T18) meses, amostras bucais foram coletadas para determinação dos níveis de infecção por SM, através do cultivo em mitis salivarius ágar com bacitracina. Os níveis de IgA, IgA1 e IgM foram também determinados em amostras de saliva, através de ensaios de ELISA. Um subgrupo de 21 crianças infectadas por SM (entre T0 e T6) foram pareadas a outras 21 crianças da amostra sem níveis detectáveis de SM. As reações entre anticorpos IgA da saliva com antígenos (Ags) de SM foram comparadas entre estes subgrupos, através de ensaios de western blot. A intensidade das bandas reativas foi determinada através da densitometria e expressas como unidades arbitrárias (ua). A reatividade de IgA salivar com peptídeos derivados da seqüência da GbpB, preditos como regiões ligantes à MHC de classe II, foram também avaliados através de multiplex com o Luminex. Os níveis salivares de IgA aumentaram com a idade (de 82,4 a 823,4µg/ml), enquanto que os níveis de IgM mantiveram-se baixos durante todo o estudo (média:4,2-2,8 µg/ml). Os níveis de infecção por SM foram maiores em T6 (média:45 ufc/área) e uma forte resposta de IgA aos Ags de SM pôde ser detectada logo aos 6 meses de idade. A resposta de IgA anti-GbpB foi observada em 38% das 21 crianças infectadas por SM, enquanto que 73% dos pares não infectados apresentavam estes anticorpos (Qui-quadrado, p<0.03). Um pico de resposta de IgA a GbpB ocorreu durante a fase de maior desafio de infecção (T6). Não houve diferenças significativas nos padrões de reatividade de IgA aos diversos peptídeos de GbpB testados, entre os grupos de crianças infectadas e não infectadas por SM. Os resultados indicam que uma resposta complexa de IgA a SM pode ocorrer a partir dos 6 meses e que a especificidade de resposta a Ags envolvidos na virulência podem influenciar na susceptibilidade à infecção por SM. Nenhum dos peptídeos da GbpB correspondeu às intensidades de resposta à GbpB nativa observadas entre os pares de crianças estudados (AU)

Processo FAPESP: 04/07425-8 - Estudo longitudinal dos níveis salivares e especificidade de IgA contra antígenos de Streptococcus mutans em crianças brasileiras na fase inicial de colonização por estes microrganismos
Beneficiário:Ruchele Dias Nogueira
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado Direto