Busca avançada
Ano de início
Entree


Controle termohigrométrico microambiental para roedores de laboratório através da tecnologia termoelétrica: montagem, avaliação de desempenho do equipamento e teste de climatização em ratos (Rattus norvegicus)

Texto completo
Autor(es):
Alexandre Martinewski
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Jose Luiz Bernardino Merusse; André Silva Carissimi; João Palermo Neto; Nivea Lopes de Souza; Maria Araujo Teixeira
Orientador: Jose Luiz Bernardino Merusse
Resumo

Um condicionador de ar para biotérios foi montado com módulos termoelétricos de efeito Peltier. Para troca térmica, foram testados: 1. dissipação externa a ar, com &delta;t de 14°C, rendimento de 16,46%, consumo de 1212 W/h e, 2. dissipação externa água, com &delta;t de 21°C, rendimento de 46,02%, consumo de 524 W/h. A simulação matemática de operação, com mistura de ar não condicionado, mostrou que o sistema pode servir, na dissipação a ar, a aproximadamente 91 microisoladores padrão rato e a aproximadamente 137, na dissipação a água. Quando comparado com um sistema de compressão de freon, o termoelétrico mostrou economia de 26% na implantação e 38% no consumo elétrico por BTU gerado. O sistema termoelétrico mostrou ainda, precisão de &plusmn; 0,1°C, nas temperaturas experimentais, o que é impossível num sistema de freon. Para os testes em animais foram empregados Ratos wistar, mantidos individualmente, em gaiolas metabólicas de arame, sem abrigo, em sistema microambiental, sob fluxo direto de ar a 0,6 m/s, nas temperaturas de 22°, 24°, 26°, 28° e 30°C (E I, E II, E III, E IV e E V). A ingestão de ração e o ganho de peso foram comparados ao final de 5 dias (ANOVA; Tukey-Kramer). No total, 7 grupos de 15 animais cada foram comparados. Para a faixa de 22°C foram utilizados 3 grupos, sendo um grupo experimental e dois grupos controle (CI e C II). Um deles foi mantido em condições ambientais semelhantes a biotérios convencionais sob ventilação geral diluidora (VGD) - C I. O outro grupo controle (C II) foi mantido no interior do equipamento de ventilação microambiental, porém, sem o direcionamento de ar, simulando a VGD. Os resultados obtidos demonstraram claramente que animais mantidos sob ventilação microambiental direta a 26°, 28° e 30° (E III, E IV e E V) apresentaram o mesmo ganho de massa corpórea que animais do grupo C I (22 &plusmn; 2°C). Os grupos E I e E II apresentaram menor ganho de massa corpórea quando comparados a C I (p<0,001 em ambas comparações). O ganho de peso de todos os grupos experimentais apresentou diferença estatística, quando comparado ao C II, exceto o grupo E V que obteve índice de ganho de peso equivalente a C II. A ingestão de ração de todos os grupos se manteve praticamente constante. O grupo E V apresentou uma redução na ingestão de ração quando comparado aos grupos C I, E I e E II (p<0,01; p<0,01; p<0,001 respectivamente). O grupo E III ingeriu menos ração que os grupos C I (p<0,05) e E II (p<0,05). (AU)

Processo FAPESP: 02/09908-0 - Controle termo-higrométrico microambiental para roedores de laboratório através do efeito Peltier: determinação experimental do desempenho do equipamento e avaliação da adaptabilidade de camundongos (Mus muscullus)
Beneficiário:Alexandre Martinewski
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado