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Isolamento e detecção molecular do Toxoplasma gondii (Nicolle e Manceaux, 1909) de moluscos bivalves marinhos comercializados no mercado de peixes do Município de Santos no Estado de São Paulo

Texto completo
Autor(es):
Patricia de Oliveira Esmerini
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Hilda Fátima de Jesus Pena; Marcelo Vasconcelos Meireles; Rodrigo Martins Soares
Orientador: Hilda Fátima de Jesus Pena
Resumo

A toxoplasmose é uma zoonose de distribuição mundial. O Toxoplasma gondii infecta o Homem e a maioria dos animais homeotérmicos. A ingestão de oocistos esporulados é uma das formas de transmissão desse protozoário. Oocistos de T. gondii podem esporular na água do mar e manter a infectividade por até seis meses. Moluscos bivalves podem filtrar e reter oocistos de T. gondii da água do mar em condições experimentais. O objetivo deste trabalho foi investigar a presença de T. gondii em ostras (Crassostrea rhizophorae) e mariscos (Mytella guayanensis) em condições naturais. Um total de 300 ostras e 300 mariscos foram adquiridos no Mercado de Peixes do município de Santos no estado de São Paulo no período de 05/03/2008 a 29/08/08 e divididos em 60 grupos de cinco ostras e 20 grupos de 15 mariscos. Para o isolamento do parasita, cinco camundongos foram inoculados oralmente com homogenados dos tecidos de cada grupo de ostras ou mariscos. Para a detecção molecular, o DNA dos tecidos dos mariscos foi extraído pelo método de fenol-clorofórmio e o das ostras, pelo método de isotiocianato de guanidina, Em seguida, foi realizada a nested-PCR (Reação em Cadeia pela Polimerase) baseada na amplificação de um fragmento de 155pb do gene B1 de T. gondii. A genotipagem das amostras de T. gondii detectadas foi feita usando a PCR-RFLP (Polimorfismo de Comprimento de Fragmentos de DNA gerados por Enzimas de Restrição) usando os marcadores SAG1, SAG2, SAG3, BTUB, GRA6, c22-8, c29-2, L358, PK1, CS3 e Apico. Não houve isolamento do parasita pelo bioensaio em camundongos. Nos grupos de mariscos, o T. gondii não foi detectado pela n-PCR e, nos grupos de ostras, houve detecção do T. gondii em dois grupos (3,3%). Não foi possível a genotipagem das amostras de T. gondii detectadas. O presente estudo permitiu concluir que ostras da espécie Crassostrea rhizophorae podem filtrar e reter oocistos de T. gondii e que o ambiente marinho do litoral do estado de São Paulo encontra-se contaminado com oocistos desse parasita. Assim, o consumo de ostras cruas pode representar uma potencial via de transmissão de T. gondii para o Homem e para os animais marinhos. (AU)

Processo FAPESP: 06/53963-7 - Isolamento e caracterizacao genotipica de toxoplasma gondii de moluscos bivalves marinhos da baixada santista no estado de sao paulo.
Beneficiário:Patrícia de Oliveira Esmerini
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado