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Avaliação do emprego do tramadol epidural ou sistêmico e da morfina epidural em cadelas submetidas à ovariohisterectomia

Texto completo
Autor(es):
Sandra Mastrocinque
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Denise Tabacchi Fantoni; Silvia Renata Gaido Cortopassi; Angelo João Stopiglia; Célia Maria Cássaro Strunz; Marcelo Luis Abramides Torres
Orientador: Denise Tabacchi Fantoni
Resumo

O objetivo deste estudo foi o de comparar o emprego do tramadol, por via epidural ou sistêmica, com a morfina por via epidural, para controle da dor pós-operatória em cadelas submetidas à ovariohisterectomia, assim como determinar a ação dos agentes sobre o sistema cardiorespiratório e ocorrência de efeitos adversos. Para tanto, foram utilizadas 40 cadelas, distribuídas, aleatoriamente, em 4 grupos de 10 animais cada. O grupo 1 recebeu 2 /kg de tramadol por via epidural, o grupo 2 recebeu 2 mg/kg de tramadol por via intramuscular, o grupo 3 foi tratado com 0,1 mg/kg de morfina por via epidural e o grupo 4, determinado como controle, recebeu solução salina. Os fármacos foram administrados 30 minutos antes da indução anestésica, sendo o estudo caracterizado como prospectivo, clínico, tipo cego. Os animais foram pré-medicados com acepromazina, a indução anestésica realizada com propofol e o isofluorano foi empregado para manutenção da anestesia. As variáveis mensuradas foram: analgesia, sedação, freqüências cardíaca e respiratória, pressão arterial, concentração de isofluorano e dióxido de carbono no ar expirado, saturação periférica da oxihemoglobina, pH e gases sangüíneos, cortisol sérico e catecolaminas plasmáticas. Os animais foram avaliados por período de 24 horas após administração do fármaco analgésico. Os resultados foram submetidos à análise de variância, onde valores de P<0,05 foram considerados significantes. Não houve diferença entre os tratamentos com relação aos parâmetros de oxigenação, ventilação e cardiovasculares com exceção da pressão diastólica, que no grupo tratado com morfina apresentou menor valor que os demais grupos 6 horas após a administração dos analgésicos. Este grupo apresentou ainda menores escores de dor em vários momentos de avaliação, além de diminuir o requerimento de isofluorano em relação aos demais grupos aos 10 minutos de anestesia e aos 30 minutos, em comparação com o grupo controle, e menor valor de cortisol sérico 2 horas após a administração do fármaco analgésico em comparação ao grupo tratado com tramadol intramuscular e controle. Os grupos tratados com morfina epidural e tramadol epidural apresentaram menores valores de epinefrina que o grupo que recebeu tramadol intramuscular 2 horas após administração do agente analgésico. Os animais tratados com morfina não necessitaram medicação resgate durante o decorrer do estudo. Com base nos resultados obtidos, pode-se concluir que o emprego do tramadol epidural em cães é técnica segura, livre de efeitos adversos no sistema cardiorespiratório, porém o tratamento com morfina epidural foi superior a este e aos demais grupos com relação à qualidade da analgesia, sem apresentar efeitos adversos importantes (AU)

Processo FAPESP: 00/12166-0 - Estudo comparativo entre a administração profilática de tramadol epidural ou sistêmico com a administração profilática de morfina epidural em cadelas submetidas a ovário-salpingo-histerectomia
Beneficiário:Sandra Mastrocinque
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado