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Avaliação dos ganhos de eficiência e produtividade na indústria farmacêutica brasileira: 1996-2003

Texto completo
Autor(es):
Igor Viveiros Souza
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Fabiana Fontes Rocha; Arthur Barrionuevo Filho; Danilo Camargo Igliori
Orientador: Fabiana Fontes Rocha
Resumo

O presente estudo buscou avaliar, a partir de informações da Pesquisa Anual Industrial do IBGE, a evolução da Produtividade Total dos Fatores (PTF) para a indústria farmacêutica nacional, objetivando contribuir com o debate acerca dos reajustes de preços do setor no âmbito da resolução Nº 1, de 27 de Fevereiro de 2004 da CMED. Para tanto, foram estimadas as fronteiras de produção estocásticas segundo o modelo implementado em Battese e Coelli (1995) com o emprego da Forma Flexível de Fourrier. A partir da metodologia citada acima, calculou-se os índices PTF de Malmquist para o período compreendido entre 1996 e 2003. Foram construídos seis índices distintos de produtividade para avaliar o setor. Tal construção se deveu à necessidade de se atribuir exogenamente as taxas de depreciação para o cálculo do estoque de capital. Desta forma, três hipóteses distintas (8%, 9% e 10%, seguindo valores dentro do intervalo utilizado pela literatura de ciclos reais no Brasil) foram atribuídas com o objetivo de checar a robustez dos índices. A partir deste conjunto de três séries, foram calculados índices de média geométrica (seguindo a metodologia mais popular entre os autores da literatura de índices de Malmquist) e de média ponderada (cujo peso atribuído foi a participação do Valor da Transformação Industrial de cada empresa em relação ao total do mercado). Dentre os resultados obtidos, vale destacar que, no período investigado, o setor não apresentou variações tecnológicas significativas. Os coeficientes são, numericamente próximos a zero e os índices de variação técnica variam positivamente até 1999 e, posteriormente, apresentam variações negativas que compensam o efeito positivo do período anterior. O mesmo não pode ser dito ineficiência técnica. De acordo com as equações estimadas, a ineficiência não apenas está presente, como predomina a variância do erro idiossincrático. Sua variação não apresenta um padrão decrescente nítido como a tecnologia. Entretanto, quando avaliada de maneira acumulada, os resultados mostram que, em todos os índices elaborados, houve uma perda de eficiência. Os resultados finais dos índices, obtidos a partir da variação da eficiência técnica e da variação técnica, apontam para uma perda de produtividade acumulada nos dois grupos de índices, isto é, tomando como base o ano de 1996. Desta forma, o ano de 2003 apresentou uma perda média de 8% para a média ponderada e de aproximadamente 7% na média geométrica. (AU)

Processo FAPESP: 04/11401-7 - Produtividade e ganhos de eficiência na indústria farmacêutica brasileira
Beneficiário:Igor Viveiros Souza
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado