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As conseqüências do assoreamento na operação de reservatórios formados por barragens

Texto completo
Autor(es):
Adelena Gonçalves Maia
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Carlos.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Swami Marcondes Villela; Evaldo Miranda Coiado; Frederico Fabio Mauad; Rubem La Laina Porto; Carlos Lloret Ramos
Orientador: Swami Marcondes Villela
Resumo

O assoreamento de reservatórios formados pela construção de barragens interfere inevitavelmente no seu volume útil. O volume útil é o compartimento responsável pelo armazenamento da água para o atendimento dos usos consuntivos e não consuntivos do sistema e a sua redução altera o atendimento das demandas. Nesta pesquisa foi investigada a interferência do processo de assoreamento do reservatório de Promissão, localizado no Médio Tietê, na geração de energia elétrica da Usina Hidrelétrica Mário Lopes Leão. A quantificação do assoreamento do reservatório nos últimos 30 anos de operação foi realizado pela comparação da topografia original do lago na época de seu enchimento, em 1975, com a topo-batimetria levantada no ano de 2005. O modelo RESSASS foi utilizado para a análise da variação do volume do reservatório de 1975 a 2005, bem como para a previsão do assoreamento do reservatório até os anos de 2055 e 2105. A redução do volume útil do reservatório foi de 4,14% de 1975 a 2005, chegando a 9,46% em 2105. O assoreamento do reservatório também foi estudado através da análise qualitativa dos dados, identificando os afluentes que apresentavam maior grau de assoreamento. A análise da interferência da variação do volume útil do reservatório na geração de energia elétrica da usina foi realizada com o modelo AcquaNet. O reservatório de Promissão foi estudado isoladamente. As simulações foram realizadas considerando as diferentes curvas cota vs. área vs. volume de 1975, 2005, 2055 e 2105, além da consideração de dois níveis mínimos de operação: 379,7 m, nível mínimo do reservatório, e 381,0 m, nível mínimo em que o reservatório é operado em função do seu uso para navegação. A interferência de 130 anos de assoreamento do reservatório na potência média mensal fornecida pelo sistema não foi significativa. No entanto, na análise do período de estiagem o assoreamento foi responsável pela redução em 321,90 MWh da energia média mensal excedente produzida, para o nível mínimo de operação de 381,0 m, e em 460,06 MWh, para o nível mínimo de operação de 379,7 m. (AU)

Processo FAPESP: 02/00537-0 - A influência do assoreamento nas regras de operação dos reservatórios
Beneficiário:Adelena Gonçalves Maia
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado