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O trauma na obra de Freud: ramificações conceituais e consequências clínicas

Texto completo
Autor(es):
Marina de Andrade Vahle
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Instituto de Psicologia (IP/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Daniel Kupermann; Eduardo Leal Cunha; Luiz Claudio Mendonca Figueiredo
Orientador: Daniel Kupermann
Resumo

Nossa proposta consiste em realizar uma investigação teórica em torno do conceito de trauma na obra freudiana, assim como das problemáticas a que responde. Objetivamos pesquisar se a teoria do trauma teria de fato desaparecido no período situado entre o abandono da teoria da sedução e os construtos de 1920, como defendem alguns autores na literatura psicanalítica. Nossa hipótese é que a noção de trauma teria continuado a sustentar a teoria freudiana do sofrimento psíquico, não só por meio de aparições esporádicas do conceito nesse período, mas também, implicitamente, por meio das problemáticas a ele relacionadas como a da etiologia das neuroses e dos grandes casos clínicos de Freud: Dora, Homem dos Ratos e Homem dos Lobos. Assim, primeiramente rastreamos a noção de trauma e suas ramificações ao longo da obra e, em seguida, fizemos um estudo desses três casos clínicos, em busca de possíveis configurações traumáticas na história de seus protagonistas. Chegamos ao entendimento de que Freud não trata sempre do mesmo tipo de trauma ao longo dos seus escritos: o termo se mantém, mas com acepções diferentes. Haveria, assim, subtipos do trauma implícitos no discurso freudiano trauma por efração, trauma como falta de mediação entre fantasia e realidade e, ainda, pistas para se pensar um trauma como falha narcísica. A partir desses subtipos, abordamos as consequências clínicas da releitura desse conceito, do ponto de vista do diagnóstico diferencial. Em seguida, apontamos como o aspecto eminentemente econômico que permeia a categoria de trauma influiu na visão de Freud sobre os dispositivos utilizados pelo analista na clínica. Acompanhar as ramificações, assim como o alcance clínico da noção de trauma, consiste em uma tarefa que pode nos oferecer ferramentas teóricas para compreensão dos tipos de constelações traumáticas subjacentes aos sofrimentos intoleráveis daqueles que procuram a clínica psicanalítica (AU)

Processo FAPESP: 10/03221-0 - A noção de trauma em Freud: destinos e ramificações
Beneficiário:Marina de Andrade Vahle
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado