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Avaliação das perdas auditivas em crianças e adolescentes com HIV/Aids

Texto completo
Autor(es):
Aline Medeiros da Silva
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Saúde Pública (FSP/CIR)
Data de defesa:
Membros da banca:
Maria do Rosario Dias de Oliveira Latorre; Maria Célia Cervi; Ana Claudia Fiorini; Carla Gentile Matas; Aluisio Augusto Cotrim Segurado
Orientador: Maria do Rosario Dias de Oliveira Latorre; Heloísa Helena de Sousa Marques
Resumo

Introdução As crianças e adolescentes com HIV/Aids podem apresentar diferentes alterações auditivas as quais são mais frequentes e, muitas vezes, mais graves quando comparadas às outras crianças. Objetivos Estimar a prevalência de perda auditiva nas crianças e adolescentes tratados no Instituto da Criança ICr e verificar os fatores associados à ocorrência da mesma, utilizando duas classificações propostas na literatura. Métodos Foram analisados 106 pacientes com HIV/Aids (idade 5 19 anos) que estão em acompanhamento no ambulatório do ICr. Os indivíduos e/ou seus responsáveis responderam a diversos questionários e foram submetidos a uma anamnese para verificar qualquer sintoma ou queixa auditiva e foi feita a inspeção visual do meato acústico externo para verificar a presença de qualquer ocorrência que pudesse impedir a realização dos exames audiológicos. A avaliação audiológica foi composta pela pesquisa dos limiares auditivos testes de fala, timpanometria e pesquisa dos reflexos acústicos. A caracterização da amostra foi realizada por meio da estatística descritiva e a análise da concordância no diagnóstico da perda auditiva para as duas classificações, por meio da estatística Kappa. Para a comparação de médias de idade e tempo de uso de medicamentos antirretrovirais foi utilizado o teste t-Student. A análise dos fatores associados à presença de perda auditiva foi realizada por meio do teste associação pelo qui-quadrado e modelos de regressão logística univariados e múltiplos. Resultados Os resultados mostraram prevalência de perda auditiva de 35,8por cento utilizando a classificação proposta pelo Bureau Internacional d´Audio Phonologie (BIAP) e 59,4por cento de acordo com a classificação proposta pela American Speech-Language-Hearing Association (ASHA). A concordância no diagnóstico de perda auditiva pelas duas classificações foi boa (k=0,55). O único fator de risco para perda auditiva pelas duas classificações foi a ocorrência de otite média supurada. Pela classificação BIAP, também foi fator de risco o uso do antirretroviral lamivudina (3TC). Pela classificação ASHA, a ocorrência de doenças graves, em especial, a encefalopatia pelo HIV apresentou-se de risco para a perda de audição. Conclusões Este estudo evidenciou que a ocorrência de otite média supurada, o histórico de doenças de caráter grave, em especial a encefalopatia pelo HIV, e o uso de lamivudina contribuem efetivamente para a perda de audição nas crianças e adolescentes com HIV/Aids. O monitoramento auditivo é fundamental, visto que possibilita a detecção precoce das perdas auditivas, além de identificar a progressão da sequela. Recomenda-se que sejam feitas avaliações audiológicas periódicas (AU)

Processo FAPESP: 06/61081-4 - Avaliação das perdas auditivas em crianças e adolescentes portadores de HIV/AIDS
Beneficiário:Aline Medeiros da Silva
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado