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Politica científica tecnológica no Brasil: mitos e modelos em um país periférico

Texto completo
Autor(es):
Carolina Bagattolli
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Geociências
Data de defesa:
Membros da banca:
Renato Peixoto Dagnino; Léa Maria Leme Strini Velho; Marcos Barbosa de Oliveira; Noela Invernizzi Castillo; Rafael de Brito Dias
Orientador: Renato Peixoto Dagnino; Benoit Godin
Resumo

Ciência & Tecnologia (C&T) têm sido crescentemente entendidas em todo o mundo como fundamentais para o desenvolvimento, sendo a inovação atualmente o processo privilegiado. As mudanças na teoria econômica passaram a chamar a atenção para a relação entre crescimento econômico e inovação tecnológica, com a convicção de que a inovação seria capaz de gerar retornos crescentes à produtividade das empresas ao invés dos retornos constantes esperados pelas teorias anteriores, que consideram apenas o capital e o trabalho como fatores de produção. Essa avaliação fez com que a promoção da inovação tecnológica empresarial passasse a figurar como um uma meta a ser alcançada por meio da adoção de políticas públicas ativas, principalmente a Política de Ciência e Tecnologia (PCT). É a assunção do "inovacionismo" enquanto modelo de política. O Brasil não está alheio a esta tendência. Nas últimas décadas o fomento à inovação vem recebendo cada vez mais atenção no âmbito da PCT brasileira, que a partir da década de 1990 vai se convertendo cada vez mais em uma "política de inovação". Neste intuito, mecanismos de fomento foram reformulados e novos foram criados. Esforço estatal que se refletiu também no dispêndio público da área, que cresceu significativamente no período recente. Todavia, a análise da evidência disponível nos permite avaliar a política atualmente em curso como pouco efetiva, uma vez que o seu objetivo de aumentar a P&D nas empresas e, com isso, o seu dinamismo tecnológico, não se tem cumprido. Para explicar o descompasso entre os resultados esperados e os obtidos o trabalho apresenta uma leitura da PCT brasileira não como uma simples tentativa de reprodução dos modelos de política implementados nos países avançados - visão que, apesar de simplista, é ainda bastante comum - mas sim como resultado de um processo contínuo e de retroalimentação entre o papel hegemônico da comunidade de pesquisa nesta esfera da vida social, a visão dominante de ciência - impregnada por vários mitos sobre as relações entre C&T e Sociedade -, e por elementos decorrentes da nossa condição periférica. É este complexo processo que condiciona a orientação da PCT atualmente em curso e sua escassa efetividade (AU)

Processo FAPESP: 09/02530-1 - Política Científica e Tecnológica no Brasil: Mitos e Modelos num País Periférico
Beneficiário:Carolina Bagattolli
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado