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Paulo Roberto Pinheiro da Silva

CV Lattes


Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH)  (Instituição Sede da última proposta de pesquisa)
País de origem: Brasil

Sou Bacharel (com três anos de iniciação científica), Mestre, Doutor e pós-Doutor em filosofia pelo Departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo. Na tentativa de compreender um âmbito em que meu trabalho pudesse ser considerado, noto que o problema do método de leitura estrutural tocou a minha geração de forma bem particular. Não era tanto a pretensão de univocidade interpretativa que nos tocava de forma mais profunda, mas sim o direito e a possibilidade de começar uma série interpretativa, de pressupor, a partir dessa compreensão do método estrutural, que a revisita à história da filosofia tornava mais clara a própria tarefa de explicar, mas também julgar, propor e tecer considerações em filosofia. Comecei com Kant (de onde na verdade nunca mais saí) pela Dedução transcendental, na iniciação, mas logo me dirigi e fui direcionado ao problema da liberdade transcendental. Assim os dois últimos anos de iniciação e o primeiro ano do Mestrado foram dedicados à Dialética Transcendental e à Fundamentação da metafísica dos costumes nos dois anos iniciais do Mestrado. Esse trajeto, por si mesmo, me afastou das considerações que partem da Dedução transcendental e chegam à terceira crítica pela mediação do juízo. Vista a partir da Dialética transcendental, a terceira crítica apresenta outras dificuldades. A partir da Dialética transcendental kantiana, num primeiro momento, o núcleo do Idealismo alemão nos parecia mais elucidativo. Fichte, Schelling e Hegel pareciam abordar de forma direta a dificuldade da terceira crítica. Na verdade, considerada a partir da própria filosofia contemporânea, ela continua sendo o problema. Se o reflexionante deve criar um universal (uma categoria?) para um evento que se furta à universalidade, como compreender as categorias transcendentais em relação a essa necessidade de criar? Devemos (a filosofia) criar um novo transcendental ou sempre poderemos reduzir qualquer proposição objetiva a esse âmbito? Nossa investigação, contudo, se foca na questão da recepção do primado da prática pelo Neokantismo e pela Fenomenologia. O primado da prática, como se saber, é o coração do Idealismo e do romantismo alemães, ou seja, o substrato singular da faculdade prática, em Hegel, o problema da ascensão nos diversos níveis conceituais de um soberano bem possível, implica uma série infinita de reconfiguração dos elementos apenas figurados (como se mostra na Fenomenologia do espírito de Hegel). A partir de uma certa perspectiva neokantiana, a criação de novos âmbitos de validade repete, de uma forma ou outra, a questão da típica da razão prática, ou seja, da determinação concreta de uma regra que possa se repetir num pertencimento. Essa consideração neokantiana está presente, seja na questão do Fenômeno (em Husserl e Heidegger), seja na questão da validade (no positivismo lógico ou em Popper). Se, como nos diz Wilhelm Windelband, a filosofia clássica alemã se constituiu por meio de uma noção de alteridade, ou seja, revivendo, levando a sério, mas também discutindo e reconsiderando, a filosofia antiga, tal como se poderia considerar a Fenomenologia do espírito, como o senhor antigo tendo como herdeiro o particular moderno (que nasce da servidão em relação àquele senhor). O fim-em-si-mesmo da razão prática, por sua vez, coloca a alteridade e a articulação entre alteridades como seu núcleo, mesmo se considerando âmbitos teóricos. Nosso trabalho, no atual estágio, se foca nas correlações entre a volta a Kant do neokantismo e as correntes filosóficas contemporâneas. Num primeiro plano, Windelband e Cohen em relação à Lask, Cassirer e Heidegger, num outro, Husserl em relação à Merleau-Ponty, mas também Popper em relação ao reducionismo, ao positivismo e ao historicismo. (Fonte: Currículo Lattes)

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