Cibele Forjaz Simões

Diretora e iluminadora teatral, docente e pesquisadora em Artes Cênicas. Graduada em Artes Cênicas com habilitação em direção teatral pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, em 1989; fez Mestrado em Artes (2008) e Doutorado em Artes Cênicas (2013), na ECA/USP. É docente e pesquisadora do Departamento de Artes Cênicas da ECA/USP desde 2006, onde leciona iluminação e direção teatral na Graduação (Bacharelado e Licenciatura) e é docente e orientadora de mestrado e doutorado no Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas (PPGAC/ECA/USP). Em 40 anos de teatro profissional, participou ativamente de três coletivos de teatro: A Barca de Dionísos,Teatro Oficina Uzyna Uzona e Cia.Livre (1999 até o presente). No grupo A Barca de Dionísos iluminou Leonce e Lena, de Büchner (1987) e dirigiu O Homem da Flor na Boca, de Pirandello (1988); Fala Comigo Doce como a Chuva, de T. Williams (1988); Noite, de H. Pinter (1988); A Paixão Segundo GH, releitura de Clarice Lispector, por Marilena Ansaldi (1989); O Lamento de Ariadne (1990) e Woyzeck (1991). No Teatro Oficina, foi assistente de direção de Zé Celso e iluminadora, de 1993 a 2000 (Ham-Let; Mistérios Gozozos; Bacantes; Pra Dar uma Fim no Juízo de Deus; Ella; Cacilda! e Os Sertões/O Homem 1). É diretora artística do grupo de teatro Cia. Livre, onde dirigiu: Toda Nudez Será Castigada(2000/01); Um Bonde Chamado Desejo(2002/03); Arena Conta Danton, de Fernando Bonassi, em processo colaborativo com a Cia.Livre (2004/06); Vem Vai - O Caminho dos Mortos, de Newton Moreno a partir de mitos e cantos de povos ameríndios (2007/09); Raptada pelo Raio (2009/2010) e Cia. Livre Conta Kaná Kawã (2014/2015), livres recriações de Pedro Cesarino do mito-canto Kaná Kawã (povo Marubo); Maria Que Virou Jonas , de Cássio Pires (2015) e Dostoiévski-Trip (2017). Em parceria criativa entre a Cia.Livre e outras companhias dirigiu, entre outros: Woyzeck, O Brasileiro (2003/04) de Georg Büchner; Rainha [(S)], de Cibele Forjaz, Georgete Fadel e Isabel Teixeira (2008/2016); Bruta Flor, de Claudia Schapira (2009); O Idiota - Uma Novela Teatral, releitura de Dostoievski pela mundana companhia (2010/12); Xapiri Xapiripë - Lá onde a gente dançava sobre espelhos(2014), com a Cia. Oito Nova Dança; Galileu Galilei (2015/2016) e Na Selva das Cidades - Em Obras, ambas de Bertolt Brecht (2014/18). Ganhou vários prêmios, entre eles, APCA 1989, Mambembe 1996, APCA 1998, Qualidade Brasil 2002, APCA e Shell 2004, Shell 2007, APCA 2010 e Prêmio Governador de Estado 2015 - teatro. Como pesquisadora, tem experiência na área de Artes, com ênfase em Artes Cênicas, atuando nas seguintes linhas de pesquisa: Teatro, História e Estética da Iluminação Cênica; Pedagogia em Iluminação Cênica e Direção Teatral; Encenação Teatral; Construção de texto e cena em Processo Colaborativo; Cruzamentos de linguagens do teatro com a dança e as artes visuais, Cena em campo expandido, Teatralidades Ameríndias e Relações entre as Artes Cênicas e a Antropologia.Em 2018, realizou o pós-doutorado "A Morte e as Mortes do Rio Xingu", com pesquisa de campo junto a povos xinguanos (Juruna/Yudjá; Kayapó-Mebengokré, Araweté e Kamayurá) no Programa de Pós Graduação em Antropologia Social (PPGAS/FFLCH/USP). Em 2019 orientou a pesquisa cênica ALTAMIRA 2042 (Carneiro da Cunha, Gabriela) e dirigiu "Os UM e OS OUTROS" (releitura da Cia.Livre de "Os Horácios e os Curiácios" de Brecht), ambas a partir de sua experiência de campo no Rio Xingu. Em 2020, durante a pandemia, participa de debates, palestras e experiências práticas sobre a cena em campo expandido. Em 2022 ilumina as 3 estações de "A Morte da Estrela", dirige a Estação#3_Emborar e "Sá-Oratório para aTerra". Em 2023 e 2025 realiza a direção cênica da ópera O Guarani, no Theatro Municipal, vencedora do prêmio de melhor montagem de ópera da América Latina. Em 2024/25 escreve e coordena o projeto de pesquisa A Marcha da Mulherada, contemplado pelo Fomento ao Teatro. (Fonte: Currículo Lattes)