Cecilia Maria de Morais Machado Angileli

Graduada em Arquitetura e Urbanismo (UBC, 2001); Mestre em Arquitetura e Urbanismo (FAUUSP, 2007); Doutora em Arquitetura e Urbanismo (FAUUSP, 2012); Bolsista FAPESP (2009/2012); Pós-Doutora (UFABC, 2014), Bolsista Sênior FAPPR - NAPI Trinacional (2020/2022 e 2023/atual), Doutoranda em Antropologia (UFPR, 2024/atual). Possui quatorze anos de docência em instituições de educação superior, ministrando componentes curriculares na área de urbanismo, paisagismo, planejamento regional e de paisagem. Essa condução docente encontra respaldo em uma trajetória de vinte e cinco anos de pesquisa e trabalhos extensionistas em favelas, ocupações, acampamentos rurais e comunidades tradicionais, localizadas em áreas de importância cultural e sensibilidade ambiental, como também na realização de diversos trabalhos técnicos na área de planejamento urbano e planejamento ambiental por bacias hidrográficas em contextos de metrópole, litoral e seus sertões, e no interior fronteiriço latino-americano. Soma-se a essas vivências, a atuação como servidora federal na gestão universitária há 11 anos, ocupando diferentes cargos na Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila): Vice-coordenadora do curso de Arquitetura e Urbanismo (2016), Secretaria de Infraestrutura (2017) e Vice-reitora Pro Tempore (2017-2019). Nesses espaços de gestão, destacam-se as proposições e implementação de ações fortemente voltadas para a articulação da instituição à Região Trinacional (Estado do Alto Paraná-Paraguai, Província de Missiones-Argentina, Oeste do Paraná-Brasil), e seus povos (comunidades populares, povos tradicionais e originários), e para o acolhimento estudantil e o ingresso mais inclusivo de grupos em situação de vulnerabilidade, como indígenas, refugiados, refugiadas, portadores e portadoras de visto humanitário de toda América Latina e Caribe. Esse conjunto de experiências técnicas, acadêmicas e de gestão, além de propiciar a publicação de livros, capítulos de livros e artigos, foram essenciais para a definição das atuais frentes de pesquisa e de ação em desenvolvimento: 1. Justiça Ambiental: Análise dos impactos sociais e ambientais do Corredor Bioceânico de Infraestrutura Eixo de Capricórnio sobre povos e paisagens populares tradicionais ou não na área de abrangência - Chile, Paraguai, Argentina e Brasil; 2. Memória da Paisagem: Estudos e ações de extensão sobre a memória da paisagem popular, organização de acervos populares, estudos sobre a relação da história de vida de moradores e as formas de produção e apropriação da paisagem autoconstruída, identificação das arquiteturas próprias e suas pracialidades; 3. Educação Superior_ Universidade Periférica: Estudos sobre os desafios e as potencialidades dos espaços de ensino superior frente à um novo perfil acadêmico popular e multicultural, análise de políticas afirmativas e perpetuação do racismo epistêmico; 4. Educação Popular: ações de educação libertária para o letramento territorial elaboração de material didático, jogos serious, intervenções culturais em comunidades e escolas situadas em regiões de conflito fundiário e ambiental. 5. Pesquisa Ação e Educação Popular: Conjunto de estudos e ações de extensão denominados Escola Popular de Planejamento da Cidade, realizados em áreas vulneráveis à conflitos fundiários e conflitos ambientais. Trabalhos baseados em processos formativos de educação popular (EJA e Curso de Defensores Populares), e comunicação popular (material didático, jogos serious, intervenções culturais, ilustração), como base do letramento territorial de retomada, e tem como resultado a construção colaborativa planos alternativos aos conflitos junto às comunidades e aos espaços de defesa de direitos sociais e ambientais. (Fonte: Currículo Lattes)