Comportamento de elementos potencialmente toxicos no solo.

Resumo

O conteúdo total de um elemento no solo não é uma boa medida da biodisponibilidade em curto prazo, assim como não é uma ferramenta muito útil para determinar o risco potencial da toxicidade na planta e/ou contaminação do solo. O conhecimento do comportamento químico de elementos potencialmente tóxicos na solução, assim como sua interação com os componentes da fase sólida do solo, são necessários para a tomada de decisão em práticas agrícolas, manejo de resíduos e remediação de áreas contaminadas. Serão conduzidos dois projetos com objetivo de estudar o comportamento químico de elementos potencialmente tóxicos na agricultura e no ambiente. O alumínio será estudado no sistema plantio direto, em três localidades brasileiras (PR, SP e MT), correlacionando-o com a matéria orgânica (quantidade e qualidade) e com a constituição mineralógica dos solos, bem como com a produção de culturas anuais a campo. Para isso, será realizada a especiação química do alumínio na solução do solo e separação e identificação dos ligantes orgânicos de maior efeito na redução da toxidez de alumínio. O comportamento dos metais pesados (As, Pb, Cu, Cr, Ni, Zn, Cd, Se, Co e Hg) será estudado em 24 solos representativos do Estado de São Paulo, a partir da quantificação dos valores do coeficiente de distribuição (Kd), definido como a relação entre a concentração adsorvida do elemento e a remanescente na solução do solo. Como a adsorção é um fenômeno dependente de muitos atributos do solo, a relação entre os valores de Kd e esses atributos será avaliada mediante estudos de correlações simples e regressões múltiplas. (AU)