A composição e a estrutura genética das populações de Apis mellifera (Linnaeus, 1758) do Brasil e da América do Sul resultantes do processo de africanização

Resumo

O escape acidental de rainhas introduzidas de Apis mellifera scutellata deu origem ao processo conhecido por africanização da abelha melífera existente no Brasil e, subsequentemente, nas Américas. Por se tratar de um evento cuja história e expansão são bem conhecidas, a "africanização" constitui excelente modelo para se estudar processos de hibridação e introgressão gênica. Entretanto, a composição racial da abelha resultante e o grau de diferenciação genética interpopulacional ainda estão por merecer estimativas mais consistentes. Este projeto pretende, através de abordagem multimetodológica (morfometria multivariada, alozimas, polimorfismos do DNA mitocondrial e microssatélites) aplicada a uma amostra representativa, determinar a real estrutura genética das populações africanizadas, contribuindo, desta forma, para se compreender como se deu a introgressão inicial dos genes africanos no interior das populações européias pré-existentes e a dinâmica do fluxo gênico à medida que estas populações africanizadas se expandiram pelo continente sul-americano. (AU)