Eficácia da terlipressina versus adrenalina na ressuscitação cardiopulmonar em suínos

Resumo

O objetivo principal deste estudo é avaliar a eficácia da terlipressina versus adrenalina em aumentar a pressão de perfusão coronariana e as taxas de retorno da circulação espontânea na ressuscitação cardiopulmonar (RCR) de suínos submetidos a uma parada cardíaca (PCR) por fibrilação ventricular (FV). Espera-se demonstrar que a terlipressina (TP) como vasopressor durante a RCP pode ser mais eficaz que a adrenalina (ADR). Vinte e quatro animais serão alocados de forma aleatória em três grupos iguais: 1) ADR, 2) TP e 3) TP + ADR. Após a indução da fibrilação ventricular, os animais permanecerão em PCR não-assistida por 10 minutos. Após esse tempo, será aplicado o protocolo de suporte básico de vida (SBV) na RCP preconizado pela American Heart Association (AHA) durante 2 minutos, findos o quais, serão administradas, em bolo, por via venosa central, as medicações: Grupo 1: ADR (45µg/kg); Grupo 2: TP (20µg/kg) e Grupo 3: TP (20µg/kg) + ADR (45µg/kg), mantendo-se o SBV por mais 2 minutos. Após esse tempo (14° minuto de PCR), serão realizadas as tentativas de desfibrilação externa, até o retorno da circulação espontânea ou até que 5 choques tenham sido aplicados, seguindo o protocolo de suporte avançado de vida (SAV) da AHA. Os animais sobreviventes serão observados por um tempo adicional de 30 min, sendo sacrificados ao final. Serão mantidos registros contínuos do eletrocardiograma, da pressão arterial sistêmica, da pressão venosa central e do CO2 expirado durante o experimento. Amostras sangüíneas arteriais e venosas centrais serão colhidas para análise gasométrica nos seguintes tempos: antes da indução da FV; ao final dos 10 min de PCR não-assistida; ao final dos 2 min de SBV; logo antes do 1º choque desfibrilatório e aos 10 min, 20 min e 30 min de observação pós-RCP. (AU)