Desinfecção de canais radiculares preparados por diferentes técnicas de instrumentação e regimes de irrigação

Resumo

A eliminação de micro-organismos na luz do canal radicular principal é facilmente obtida, pois em suas paredes não apenas atuam os compostos químicos utilizados, mas também os instrumentos. Contudo, nas camadas mais profundas na dentina, onde os instrumentos endodônticos não atuam, as atividades de limpeza e desinfecção estão restritas às substâncias químicas, as quais, por suas vez, têm seus espectros de ação limitados à sua eficácia antimicrobiana e à capacidade de penetrar nos túbulos dentinários. Em vista à grande quantidade de sistemas de instrumentação para o preparo do canal radicular e regimes de utilização de substâncias químicas, propõe-se avaliar a influência de diferentes técnicas de instrumentação e irrigação na desinfecção de camadas profundas da dentina circunjacente ao canal radicular. Serão utilizados 90 pré-molares inferiores humanos extraídos, padronizados em comprimento e diâmetro do canal. Após o adequado preparo dos espécimes e acomodação individual em tubos de microcentrífuga, os dentes serão esterilizados em autoclave e contaminados com cultura de Enterococcus faecalis. Serão então levados à estufa à 37° C por 28 dias, com renovação do meio de cultura a cada 2 dias. Após o período de incubação, os espécimes serão aleatoriamente divididos em 8 grupos de 10 dentes, de acordo com os instrumentos endodônticos e regimes de irrigação utilizados durante o preparo do canal radicular, e dois grupos controle com 5 dentes. Quatro coletas microbianas serão realizadas: antes do PQC (S1), após o PQC (S2), raspas da porção superficial da dentina das paredes do canal radicular (S3) e raspas da porção profunda da dentina (S4). Estas amostras serão semeadas em placas de Petri nas quais se realizará a contagem de unidades formadoras de colônias. (AU)