Perfil bioquímico da secreção láctea, inclusive proteínas de fase aguda e enzimas NAGase e LDH, como método auxiliar de diagnóstico e prognóstico de mastite subclínica e clínica em fêmeas bubalinas e bovinas

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo avaliar o perfil bioquímico do soro lácteo, inclusive das concentrações de proteínas de fase aguda (PFAs) e imunoglobulinas, de fêmeas bubalinas e bovinas sadias e com mastite subclínica e clínica, de modo a comparar as diferenças entre as duas espécies. Também, tem como objetivo avaliar, no soro lácteo, a utilização das PFAs haptoglobina e amiloide sérica A (SAA) e das enzimas N-acetil-²-D-glucosaminidase (NAGase) e lactatodesidrogenase (LDH) na detecção de mastite subclínica, bem como no monitoramento de fêmeas bubalinas e bovinas após detecção e tratamento de mastite clínica. Adicionalmente, tem como objetivo estabelecer valor de referência para CCS de amostras de leite de fêmeas bubalinas sadias e analisar a eficiência do uso do CMT na detecção de mastite subclínica nesta espécie. Para isso, amostras serão coletadas mensalmente durante uma lactação completa (270 dias). Antes da colheita das amostras será realizado exame físico da vaca e, em especial, da glândula mamária, bem como teste da caneca telada de fundo escuro e California Mastitis Test (CMT). Após a assepsia dos tetos, serão colhidas amostras de 50 mL de leite de cada quarto mamário, em frascos esterilizados e sem conservante, para o isolamento microbiológico, realização de perfil bioquímico sérico, incluindo fracionamento proteico em SDS-PAGE e mensuração das atividades das enzimas NAGase e LDH, de PFAs e imunoglobulinas pela técnica de ELISA. Serão ainda obtidas outras amostras de leite de 50 mL de cada quarto mamário, em frascos plásticos esterilizados contendo conservante apropriado, para a contagem de células somáticas (CCS), em contador eletrônico infravermelho. As variáveis serão submetidas à análise de variância (ANOVA) e ao teste de Tukey (p<0,05) para comparação entre pares de médias, ao nível de 5% de significância. Para verificar a dependência entre as variáveis será realizado o teste do qui-quadrado. Para verificar o grau de dependência entre as variáveis, será calculado o coeficiente de correlação (r). (AU)