Avaliação do conhecimento sobre tabagismo em pacientes internados

Autor(es)

Suzana Erico Tanni ^[1] ; Nathalie Izumi Iritsu ^[2] ; Masaki Tani ^[3] ; Paula Angeleli Bueno de Camargo ^[4] ; Marina Gonçalves Elias Sampaio ^[5] ; Ilda Godoy ^[6] ; Irma Godoy ^[7]

Afiliação do(s) autor(es)

^[1] Universidade Estadual de São Paulo. Faculdade de Medicina de Botucatu. Departamento de Clínica Médica - Brasil

^[2] Universidade Estadual de São Paulo. Faculdade de Medicina de Botucatu - Brasil

^[3] Universidade Estadual de São Paulo. Faculdade de Medicina de Botucatu - Brasil

^[4] Universidade Estadual de São Paulo. Faculdade de Medicina de Botucatu. Hospital das Clínicas de Botucatu - Brasil

^[5] Universidade Estadual de São Paulo. Faculdade de Medicina de Botucatu - Brasil

^[6] Universidade Estadual de São Paulo. Faculdade de Medicina de Botucatu. Departamento de Enfermagem - Brasil

^[7] Universidade Estadual de São Paulo. Faculdade de Medicina de Botucatu. Departamento de Clínica Médica - Brasil

• Tipo de documento: Artigo Científico
• Fonte: Jornal Brasileiro de Pneumologia; v. 36, n. 2, p. 218-223, 2010-04-00.

Resumo

OBJETIVO: Determinar características relacionadas ao tabagismo e avaliar o conhecimento sobre a relação entre dependência nicotínica e doenças relacionadas ao tabaco em pacientes internados. MÉTODOS: Foram avaliados em 186 pacientes (59% de homens; média de idade = 51,3 ± 16,8 anos) internados em um hospital público quanto a características demográficas, diagnóstico de internação, história tabágica e tabagismo passivo. Todos os pacientes responderam um questionário sobre o conhecimento da relação tabagismo/doença. RESULTADOS: Dos 186 pacientes, 42 (22,6%) eram fumantes, 64 (34,4%) eram ex-tabagistas e 80 (43%) referiam nunca ter fumado; 136 (73%) referiam exposição passiva ao fumo. O diagnóstico de admissão foi o de doença possivelmente relacionada ao tabaco em 21,5% dos pacientes e em 39% dos fumantes ativos e ex-fumantes. A proporção de fumantes e ex-fumantes que não conheciam a associação entre o tabagismo e a causa de internação foi similar (56% vs. 65%). Apenas 19% dos fumantes e 32% dos ex-fumantes acreditavam que o tabagismo tivesse afetado sua saúde (p = 0,22). A proporção de ex-fumantes e de não fumantes que acreditavam que parar de fumar é uma questão de vontade foi significativamente maior que aquela de fumantes ativos (64% e 53%, respectivamente, vs. 24%; p < 0,001 e p = 0,008). Embora 96% dos pacientes acreditassem que o tabagismo cause dependência, apenas 60% identificavam o tabagismo como uma doença. CONCLUSÕES: Este estudo mostra a contradição entre o reconhecimento do tabagismo como causa de dependência e o reconhecimento do tabagismo como uma doença, além do desconhecimento de que o tabagismo atual e pregresso é um fator de risco para o desenvolvimento e a evolução de doenças. (AU)

• Processo FAPESP: 07/53266-7 - Avaliação do conhecimento do paciente sobre a influência do tabagismo no desenvolvimento, evolução e resposta ao tratamento das doenças tabaco-relacionadas
• Beneficiário: Nathalie Izumi Iritsu
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Processo FAPESP: 07/51595-3 - Avaliacao do conhecimento do paciente entre a influencia do tabagismo no desenvolvimento, evolucao e resposta ao tratamento das doencas tabaco-relacionadas.
• Beneficiário: Massaki Tani
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica