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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Decomposição de macrófitas aquáticas do Igarapé do Cantá (Roraima, Brasil): aspectos cinéticos

Texto completo
Autor(es):
Marcela Bianchessi da Cunha-Santino [1] ; Lucilia Dias Pacobahyba [2] ; Irineu Bianchini Jr. [3]
Número total de Autores: 3
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Universidade Federal de São Carlos. Departamento de Hidrobiologia - Brasil
[2] Universidade Federal de Roraima. Departamento de Biologia - Brasil
[3] Universidade Federal de São Carlos. Departamento de Hidrobiologia - Brasil
Número total de Afiliações: 3
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Acta Limnol. Bras.; v. 22, n. 2, p. 237-246, 2010-06-00.
Resumo

OBJETIVOS: Este artigo descreve e compara a cinética de decomposição aeróbia e anaeróbia de Eleocharis interstincta, Nymphaea sp. e Montrichardia arborescens; MÉTODOS: Amostras de água e de macrófitas aquáticas foram coletadas no Igarapé do Cantá (02° 49' 11" N e 60° 40' 24" W), Cantá, Roraima, Brasil. O material foi seco e triturado e para cada condição experimental (aeróbia e anaeróbia), foram preparadas câmaras de mineralização contendo fragmentos de planta e água do igarapé. O volume de gases na mineralização anaeróbia foi monitorado durante 78 dias e consumo de oxigênio durante 121 dias; RESULTADOS: Os resultados da decomposição aeróbia e anaeróbia foram ajustados a um modelo cinético de 1ª ordem. O consumo de oxigênio variou de 195,36 mg.g-1 (PS) para E. interstincta a 629,46 mg g-1 (PS) para Nymphaea sp. A mineralização de M. arborescens apresentou o coeficiente de desoxigenação mais elevado (0,049 dia-1), seguida por E. interstincta (0,038 dia-1) e Nymphaea sp. (0,027 dia-1). Na condição anaeróbia, a evolução de gases apresentou duas fases: consumo e formação. De acordo com a variação temporal do carbono mineralizado, a decomposição anaeróbia de M. arborescens apresentou o coeficiente de mineralização mais elevado (0,0047 dia-1); seguido por Nymphaea sp. (0,0035 dia-1) e de E. interstincta (0,0017 dia-1); CONCLUSÃO: Baseado nestes resultados foi possível concluir que durante a decomposição aeróbia dessas macrófitas aquáticas, Nymphaea sp. foi responsável pela maior demanda de oxigênio e M. arborescens gerou as maiores produções de gases durante a mineralização anaeróbia. Em média, o processo aeróbio foi 11 vezes maior que o anaeróbio. Em relação aos fluxos de materiais em ecossistemas de água doce, as baixas taxas de decomposição observadas no processo anaeróbio, quando comparado com as taxas do decaimento aeróbio permite refletir que os sedimentos atuam como um compartimento eficiente de sumidouro de carbono na ciclagem de matéria orgânica. (AU)

Processo FAPESP: 00/09297-6 - O efeito da temperatura e o papel das enzimas na decomposição de Salvinia auriculata e Utricularia gibba da Lagoa do Óleo (Luiz Antônio, SP)
Beneficiário:Irineu Bianchini Júnior
Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular