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(Referência obtida automaticamente do Web of Science, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Aranhas migalomorfas que habitam a serapilheira (Araneae: Microstigmatidae, Nemesiidae) de florestas de Araucária no sul do Brasil, com a descrição de cinco espécies novas

Texto completo
Autor(es):
Indicatti, Rafael P. [1] ; Lucas, Sylvia M. [1] ; Ott, Ricardo [2] ; Brescovit, Antonio D. [1]
Número total de Autores: 4
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Inst Butantan, Lab Artropodes, BR-05503900 Sao Paulo - Brazil
[2] Fundacao Zoobot Rio Grande Sul, Museu Ciencias Nat, BR-90690000 Porto Alegre, RS - Brazil
Número total de Afiliações: 2
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Revista Brasileira de Zoologia; v. 25, n. 3, p. 529-546, SEP 2008.
Citações Web of Science: 20
Resumo

Seis espécies de aranhas migalomorfas, pertencentes a duas famílias foram coletadas no Centro de Pesquisa e Conservação da Natureza Pró-Mata, São Francisco de Paula, Rio Grande do Sul, Brasil. Destas, cinco são novas. Microstigmatidae: Xenonemesia araucaria sp. nov., machos diferem de X. platensis Goloboff, 1988 e X. otti Indicatti, Lucas & Brescovit, 2007 pelo êmbolo do bulbo longo e curvado. Fêmeas diferem das outras espécies do gênero pelo receptáculo seminal longo e sinuoso ou espiralado. Nemesiidae: Acanthogonatus ericae sp. nov. - machos se parecem com A. tacuariensis (Pérez-Miles & Capocasale, 1982) e A. quilocura Goloboff, 1995 pelo êmbolo longo e curvado, com serrilha na região apical, mas diferencia-se pela presença de uma flange no ápice do êmbolo. Fêmeas diferem do restante das espécies de Acanthogonatus pelos ductos copulatórios curtos, originando-se do ápice da base do domo da espermateca. Stenoterommata arnolisei sp. nov. difere do restante das espécies do gênero pela área subapical do bulbo larga, com um grande número de quilhas, estendendo-se da região mediana no palpo e pelo ducto copulatório longo e espermateca originando-se da borda interna do domo da base da genitália da fêmea. S. grimpa sp. nov.: machos aproximam-se dos de S. arnolisei sp. nov. pela forma do bulbo e pelo êmbolo curto, mas diferem pelas quilhas restritas a região apical. Fêmeas diferem do restante das espécies de Stenoterommata pela presença de duas espermatecas no domo que é arredondado e fundido. S. curiy sp. nov.: machos aproximam-se dos de S. grimpa sp. nov. pela forma do bulbo e pelo êmbolo curto, mas diferem pelas quilhas translúcidas e restritas a região distal que é larga. A presença de S. palmar Goloboff, 1995 é confirmada para o Brasil. Machos de S. palmar são distinguidos do restante das espécies do gênero pelo êmbolo longo, delgado e levemente curvado distalmente. Fêmeas são distinguidas pela espermateca de base simples, e originando-se da área do terço basal ou mediano do comprimento e domo basal triangular. Todas as aranhas foram coletadas com armadilhas de solo em seis áreas distintas (duas de floresta com Araucária, duas de floresta secundária e duas de silvicultura de Pinus spp.) em um período de 20 meses. Os dados de abundância entre as áreas foram comparados para S. arnolisei sp. nov. e X. araucaria sp. nov. baseado na média de aranhas capturadas em cada área. Nenhuma preferência de habitat foi notada, sugerindo ampla tolerância das espécies aos habitats. Dados de fenologia foram obtidos diretamente da abundância em cada período de coleta e os resultados sugerem um padrão reprodutivo para o inverno de S. arnolisei sp. nov. e entre a primavera e o verão de X. araucaria sp. nov. (AU)

Processo FAPESP: 99/05446-8 - Biodiversidade de Arachnida e Myriapoda do estado de São Paulo
Beneficiário:Antonio Domingos Brescovit
Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Programa BIOTA - Temático